Desde a quarta-feira (5), as regras para a emissão de atestados médicos em Chapecó passaram por mudanças. A medida vale para a UPA da rua Sete de Setembro e para o Pronto Atendimento da Efapi e, segundo o prefeito João Rodrigues, já apresentou resultados.
Na noite de quarta-feira, o prefeito divulgou um vídeo nas redes sociais mostrando a UPA vazia. “Em nome de Jesus, todos foram curados”, comentou Rodrigues, ao exibir as imagens das cadeiras desocupadas.
De acordo com um vídeo gravado por um dos médicos da unidade, às 18h17 todos os pacientes já haviam passado pela recepção e triagem, e não havia ninguém aguardando atendimento.
O prefeito explicou que a mudança pretende priorizar casos de urgência e emergência. “Não queremos que o cidadão fique esperando horas dentro de uma unidade de saúde devido à superlotação”, afirmou.
Segundo Rodrigues, o fluxo de pacientes diminuiu desde o início da nova regra. “Agora, no final da tarde, olha quantos pacientes estão na fila para serem atendidos”, disse, apontando novamente para as cadeiras vazias.
Novas exigências para atestados médicos em Chapecó
Segundo a Prefeitura de Chapecó, os atestados só serão concedidos em casos de doença, observação médica ou internação. Nos demais atendimentos, o paciente receberá apenas uma declaração de comparecimento, comprovando a presença na unidade.O prefeito explicou que o objetivo é implantar o que chamou de “atestado responsável”. “O cidadão que procura uma UPA é porque precisa de um atendimento de emergência. Ao chegar e ser atendido, ele só receberá atestado médico em caso de doença, internamento ou observação, conforme avaliação do médico”, afirmou.
O secretário de Saúde, João Lenz, destacou que os casos de menor gravidade continuarão sendo atendidos, mas sem direito ao atestado. “Nessas situações, o paciente receberá uma declaração que poderá ser entregue ao empregador”, explicou.
De acordo com a administração municipal, a decisão foi tomada após o aumento no número de pessoas que procuravam as UPAs apenas para obter atestado médico, o que sobrecarrega o sistema e atrapalha o atendimento de casos mais urgentes.
“Porque tem gente que sofre com um problema de saúde e às vezes está com uma doença ou uma dor crônica, ele tem que aguardar duas ou três horas quando a unidade está lotada”, destaca o prefeito.

