
Santa Catarina registrou crescimento de 34,9% na quantidade de vagas para jovem aprendiz até setembro de 2025, segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) 2024 e do Novo Caged 2025. O resultado supera amplamente a média nacional de 18,7% e o desempenho de estados como São Paulo (25,2%), Rio de Janeiro (16,5%), Paraná (15,2%) e Rio Grande do Sul (17,5%).
Os números integram o painel de informações da aprendizagem, divulgado pela Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan), que apresentou a 9ª edição do Informativo Mensal do Emprego com destaque para o avanço da aprendizagem profissional em Santa Catarina.
O estoque atual é de 39.509 aprendizes profissionais, jovens de 14 a 24 anos — sem limite máximo de idade para pessoas com deficiência. O levantamento mostra equilíbrio entre os gêneros, com 50,18% de mulheres (19.826) e 49,82% de homens (19.683). Por faixa etária, a maioria é composta por jovens de até 17 anos (35.437), seguidos pelos de 18 a 24 anos (4.034).
O secretário de Estado do Planejamento, Fabricio Oliveira, ressaltou o resultado como reflexo do compromisso do governo com a inclusão e a qualificação profissional.“O avanço da aprendizagem profissional em Santa Catarina confirma o compromisso do governador Jorginho Mello com a formação de mão de obra qualificada e inclusiva. O crescimento catarinense foi quase o dobro da média nacional e reflete o engajamento de empresas e instituições na geração de oportunidades para jovens e pessoas com deficiência”, destacou.

Terceiro maior saldo do país
Com 10.218 novas contratações líquidas até setembro, Santa Catarina ocupa o terceiro lugar no país em saldo de novas vagas de aprendizagem, atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais.O município de Jaraguá do Sul lidera o ranking estadual com 888 novas contratações, seguido de Joinville (571), Brusque (567), Blumenau (530) e Itajaí (469).
A Aprendizagem Profissional tem como objetivo inserir jovens e pessoas com deficiência no mercado formal, garantindo remuneração, direitos trabalhistas e matrícula em cursos de qualificação reconhecidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O programa busca promover capacitação e inclusão produtiva, facilitando a transição para o emprego formal e fortalecendo a formação de mão de obra qualificada.
Indústria puxa o crescimentoA indústria de transformação foi o setor que mais se destacou em 2025, com 7.661 novas vagas de aprendizagem, consolidando seu papel central na geração de oportunidades. As principais áreas foram:
- Fabricação de produtos alimentícios (1.153 vagas)- Fabricação de produtos têxteis (964 vagas)
- Confecção de artigos do vestuário e acessórios (942 vagas)
O grupo ocupacional com maior número de contratações foi o de Trabalhadores de serviços administrativos, responsável por 5.769 novas vagas e um estoque total de 26.802 aprendizes.
Em termos de crescimento percentual, a Indústria apresentou o maior dinamismo, com alta de 71,1%, frente à média nacional de 29,9%. Na sequência aparecem a Construção (68,4%) e a Agropecuária (40,0%) — todos com desempenho superior às médias nacionais de 34,7% e 13,5%, respectivamente.

