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A Polícia Civil de São Miguel do Oeste concluiu, nesta segunda-feira (8), que a morte da pata encontrada na praça do Bairro Agostini não teve relação com maus-tratos ou violência praticada por crianças ou adolescentes — informação que havia se espalhado pelas redes sociais durante o fim de semana.
A DPCAMI encerrou as diligências após analisar imagens de câmeras de monitoramento, ouvir pessoas que circulam e trabalham no local e verificar informações repassadas pela Secretaria de Urbanismo. Nenhum indício de agressão humana foi identificado.
Segundo o relatório do órgão municipal, ao registrar o boletim de ocorrência, não foram encontradas marcas de violência, sangue ou sinais de ataque por terceiros.
Avaliação de especialistas
As imagens também foram submetidas a análise dos biólogos Jackson Fábio Preuss e Jean Marcel Bernardon, este último policial militar ambiental. Ambos concluíram que o comportamento registrado é compatível com um evento súbito de alteração motora enquanto o animal ainda estava na água, possivelmente causado por um ataque de animais aquáticos, como peixes carnívoros ou tartarugas tigre-d’água.
A hipótese de ataque por grandes predadores, como serpentes ou jacarés, foi descartada.
O policial ambiental ainda reforçou que a presença de espécies exóticas — muitas vezes introduzidas de forma inadequada por moradores — representa um risco ambiental, além de alertar sobre a prática comum de alimentar animais silvestres com produtos industrializados, o que pode prejudicar a fauna local.
Medidas no local
A Secretaria de Urbanismo foi novamente oficializada para adotar providências na área da praça, que abriga animais sem tutor e sem controle sanitário, o que oferece risco à saúde da fauna e das espécies que interagem no ambiente.
Polícia Civil alerta para o perigo da desinformação
A Polícia Civil enfatizou que a rápida circulação de notícias falsas, sem verificação prévia, provocou grande tumulto e expôs injustamente pessoas — incluindo crianças e adolescentes — a ataques e acusações sem fundamento.
O órgão alerta que divulgar boatos, criar pânico ou comunicar falsamente crimes constitui infração penal, além de desviar recursos das forças de segurança, que precisam interromper investigações reais para verificar denúncias baseadas em especulação.
Orientações à população
Cheque a origem da informação antes de compartilhar;
Confie em fontes oficiais como Polícia Civil, Prefeitura e órgãos ambientais;
Evite espalhar boatos, que prejudicam indivíduos e comprometem a atuação da segurança pública;
Responsabilidade digital é essencial para evitar tumulto e garantir que casos reais recebam atenção adequada.
A Polícia Civil reforça que permanece à disposição para esclarecer dúvidas e receber denúncias pelo telefone 181.