RIO - 10/05/2020 19:00

Hospitais particulares do RJ estão com 90% dos leitos de UTI ocupados; associação prevê colapso em menos de 15 dias

Diretor da Associação dos Hospitais do Estado do Rio de Janeiro (AHERJ) acredita que a única saída diante do colapso das redes pública e privada será a contratação de leitos em outros estados
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Hospitais particulares do Rio fazem contratação de profissionais para reforçar atendimento aos pacientes com coronavírus — Foto: Reprodução/Redes sociais
O último levantamento divulgado pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) aponta que, em média, a rede particular de saúde do RJ já ultrapassou os 90% de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Projeção feita pelo médico Graccho Alvim, diretor da Associação de Hospitais do Estado do Rio de Janeiro (Aherj), estima que, em menos de 15 dias, todos os leitos da rede privada estarão ocupados. O colapso do sistema particular de saúde deve acontecer, segundo cálculo feito por Alvim, porque no período o número total de casos da doença vai dobrar no estado. Na última sexta-feira (8), o RJ contabilizou um total de 15.741 pessoas infectadas pelo novo coronavírus. Em todo o estado, são 1.503 óbitos confirmados.

O G1 mostrou que, no dia 30 de abril, a rede particular do RJ estava com cerca de 80% de seus leitos ocupados. Em menos de 10 dias, esse número bateu os 90%, segundo a Anahp.

Para Alvim, a única saída para enfrentar a doença é a contratação de leitos em outros estados.

"Considerando a taxa de incidência diária de novos casos, a taxa de contágio e dias necessários para dobrar o número de casos, presumimos um colapso do sistema privado em poucas semanas", disse Alvim.

"Tal qual na rede pública, também haverá insuficiência de leitos nos hospitais particulares. E sem alternativas para internação destes pacientes, é muito provável que o Rio de Janeiro necessitará contratar leitos nas cidades próximas e as operadoras de planos de saúde, precisarão montar uma rede de apoio intermunicipal e até interestadual, para descomprimir a carência de leitos e evitar um colapso total no sistema de saúde."

O levantamento feito pelo Dr. Alvim avaliou números dos primeiros dias do mês de maio e encontrou uma taxa de incidência de 4,06 novos casos por 100 mil pessoas a cada 24 horas.

Já a taxa de contágio, ou seja, do número de pessoas que são infectadas a partir de uma única pessoa com o vírus, foi estimada em 3,91.

Atualmente, a rede hospitalar do estado, de acordo com o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), possui 8.224 leitos de UTI adulto para tratar a Covid-19.
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Fonte: G1
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