VIOLÊNCIA - 11/03/2021 10:42

Julgamento de acusada de assassinar grávida em Canelinha será definido na próxima semana

Autora confessa está presa em Florianópolis desde agosto, quando roubou a criança do ventre da mãe
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O julgamento da mulher que confessou ter assassinado uma grávida para roubar o bebê em Canelinha, na Grande Florianópolis, será definido na próxima semana, em Tijucas. A audiência que pode mandar a acusada a Júri Popular está marcada para o dia 16 de março, às 13h30min e será on-line, por conta da pandemia do coronavírus. 

Durante a sessão, que deve contar com a participação da autora confessa, serão ouvidos testemunhas de defesa e de acusação, assim como o perito criminal responsável pelo laudo que atestou sanidade mental da ré. 

Segundo o advogado da acusada, Rodrigo Goulart, o julgamento final deve ocorrer dentro do prazo de um ano, já que a defesa não pretende recorrer:

- O juiz muito provavelmente vai pronunciar ela no dia 16, ou seja, mandar a Júri Popular. Depois, a defesa tem a possibilidade de recorrer, mas a gente entende que não é viável e vai deixar o processo fluir para que o plenário do júri ocorra com brevidade - explicou. 

A mulher, que não teve a identidade revelada por conta da Lei de Abuso de Autoridade, segue presa em Florianópolis. Ela foi detida em flagrante depois de levar a criança recém-nascida ao hospital, com ferimentos nas costas. Ela deve responder por crimes de homicídio qualificado, tentativa de homicídio, subtração de incapaz, ocultação de cadáver e fraude processual.

Relembre o caso
Flavia Godinho Mafra estava grávida de 36 semanas quando desapareceu no dia 27 de agosto, depois de sair de casa de carona com uma amiga para um chá de bebê surpresa. A gestante foi encontrada morta no dia seguinte (28) em uma cerâmica de Canelinha, na Grande Florianópolis, com o ventre aberto e sem o bebê.

Duas pessoas foram presas suspeitas de envolvimento com o crime no mesmo dia em que o corpo da grávida foi localizado. Segundo a Polícia Civil, uma das pessoas suspeitas era amiga da vítima e teria atingido a cabeça da gestante com um tijolo, além de cortar a barriga dela para retirar o bebê. A outra pessoa presa era o companheiro da acusada do assassinato.

Após o crime, a mulher teria ido ao hospital de Canelinha e apresentado a criança como filha. Ela alegou ter tido um parto espontâneo com a ajuda de terceiros. A equipe médica, no entanto, constatou que não havia indícios de parto recente na paciente e identificou ferimentos nas costas da recém-nascida, que aparentavam maus tratos. Assim, a criança foi encaminhada ao Hospital Infantil de Florianópolis.

Os suspeitos foram levados à Delegacia de Polícia Civil de Tijucas, onde a mulher contou ter planejado o crime por pelo menos dois meses, quando decidiu que encontraria uma criança para substituir a que havia perdido em janeiro, em um aborto. 

O marido dela disse não ter conhecimento sobre os fatos, e chegou a ficar detido até o início de outubro, quando teve a prisão revogada pela Justiça. O bebê sobreviveu e ficou sob os cuidados da família.
Fonte: NSC
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