Todas as obras, projetos e estudos para prevenção às enchentes em Santa Catarina estão parados. A informação consta no portal Monitora Fiesc, ferramenta criada pela Federação das Indústrias de Santa Catarina para acompanhar todas as obras de infraestrutura no estado, nas esferas, municipal, estadual e federal.
São seis obras e oito projetos e estudos com o prazo expirado, segundo o monitoramento da entidade industrial.
O Melhoramento Fluvial no Canal Retificado e no Leito Antigo do Rio Itajaí Mirim e Construção de Comportas de Regulação, em Itajaí, a Implantação de Sistema de Drenagem Urbana no Município de Itapema, Drenagem de Córregos e Proteção de Margens do Rio Tijucas no Município de São João Batista, Construção de três Pequenas Barragens nos Rios Taió, Perimbó e Ribeirão Braço do Trombudo à montante da Cidade de Rio do Sul, Dragagem Urbana - Bacia do Rio Roçado em São José e Drenagem Urbana Sustentável na Sub-Bacia do Rio Mathias no Município de Joinville são todas obras paradas, segundo o documento.
Já a Drenagem Urbana no Municipal de Palhoça, a Barragem de Botuverá, Drenagem no Município de Chapecó, Estudos Ambientais Estratégicos, Canal do Rio Itajaí Açu no Município de Ilhota, execução das obras de melhoramento fluvial, estudos ambientais na bacia do Rio Itajaí, nas cidades de Taió, Rio do Sul e Timbó, obras no Canal dos Ribeirões da Garcia, da Velha e Rio Itajaí-Açu em Blumenau e a Construção de quatro Pequenas Barragens no Rio Trombudo (duas) e Rio das Pombas (duas) à montante da cidade de Rio do Sul são todos projetos e estudos com prazo expirado, de acordo com a Fiesc.
Ao todo, são 57 obras dos sistemas aeroviário, rodoviário, aquaviário, ferroviário, contenção de enchentes, contorno viário da Grande Florianópolis e saneamento. O volume representa R$ 8,8 bilhões em investimentos.
— Os recursos estão cada vez mais difíceis. Em ferrovias está também tudo parado. Nem dinheiro para fazer projeto tem. Com relação às enchentes, nossa sorte é que a Defesa Civil (SC) aprimorou muito o sistema de alerta, evitando, assim, muitas perdas humanas e econômicas. Nos portos, por exemplo, os alertas funcionaram. Mas as obras de contenção e mitigação não foram feitas. Parece que depois das enchentes todo mundo esquece e é por isso que nós monitoramos — diz Egídio Antônio Martorano, Gerente para Assuntos de Transporte, Logística, Meio Ambiente e Sustentabilidade da Fiesc.
A Defesa Civil de Santa Catarina informa que nenhum projeto está parado e que “são situações que cada um tem um andamento específico. Que vai desde pequenas desapropriações, licenciamento ambiental, dentre outras. Não são projetos simples como apenas limpeza de rios, são projetos de grande monta”.
