Decisão judicial menciona áreas de preservação no mar em Santa Catarina entre motivos para suspensão(Foto: MAArE/ Justiça Federal Reprodução)
A exploração de petróleo em novas áreas marinhas pode comprometer 35 cidades do litoral catarinense em caso de algum desastre ecológico. A área representa praticamente toda a extensão de praias no Estado. Preocupados com o risco ambiental, o Instituto Internacional Arayara, Observatório do Petróleo e Gás e 30 representantes de prefeituras, do governo de Santa Catarina e da sociedade civil discutiram o assunto numa reunião online nesta segunda-feira (13).
Uma das consequências do evento foi a decisão de realizar uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa. O pedido será feito pela deputada Paulinha (sem partido).
A polêmica é decorrência da 17ª Rodada de Licitações de áreas marinhas para exploração de petróleo, autorizada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e prevista para 7 de outubro. O edital da parte catarinense foi suspenso pela Justiça Federal (JF), mas cabe recurso. A JF determinou estudos ambientais.
Entre as cidades particularmente impactadas em caso de acidente estão Araquari, Araranguá, Balneário Arroio do Silva, Balneário Barra do Sul, Balneário Camboriú, Balneário Gaivota, Balneário Piçarras, Barra Velha, Biguaçu, Bombinhas, Florianópolis, Garopaba, Garuva, Governador Celso Ramos, Içara, Imaruí, Imbituba, Itajaí, Itapema, Itapoá, Jaguaruna, Joinville, Laguna, Navegantes, Palhoça, Passo de Torres, Penha, Porto Belo, Santa Rosa do Sul, São Francisco do Sul, São João do Sul, São José, Sombrio e Tijucas.
Cerca de 200 pessoas protestaram contra o leilão de petróleo no último sábado (10), em Florianópolis. No ato, que ocorreu na ponte Hercílio Luz, foi estendida uma faixa e distribuídos folhetos explicativos sobre a 17ª Rodada.