Com a desorganização para a retirada das credenciais de acesso, torcedores entraram no estádio sem dificuldades depois de mostrarem testes falsos. Aglomerados, alguns esperaram mais de oito horas na fila até conseguirem ingressar no Maracanã. Boa parte sequer usava máscara.
— A maioria da galera foi tudo feito na internet, editado. O meu quem fez foi um amigo. Ele tirou um modelo na internet, botou nome, documento. Mudou tudo. — disse Ángel*. — Estava entrando todo mundo. Me falaram que uma pessoa foi barrada, mas não vi mais ninguém. E quanto mais tarde era, acho que eles queriam liberar todo mundo. Tinha fiscalização, mas só olhando. Não sei como faziam a avaliação. Era só no olhar mesmo — completa.
Horas antes da decisão da Copa América, um laboratório identificou que ao menos 17 exames com a marca da empresa foram falsificados, como revelou a 'Folha de S. Paulo'. Pouco depois, a Conmebol informou, por meio de comunicado, que "foi detectada uma considerável quantidade de exames PCR fraudulentos" de convidados às tribunas brasileira e argentina. A entidade ressaltou que todos deveriam apresentar o resultado negativo para Covid-19 e que não seria aberta nenhuma exceção. Disse ainda que analisava a possibilidade de aumentar o controle em caso de necessidade.
A presença de público no jogo entre Argentina e Brasil não seria autorizada, a princípio. Na última sexta-feira, porém, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio (SMS) atendeu ao pedido da Conmebol e permitiu que o estádio recebesse cerca de 10% da capacidade máxima do local.Foram distribuídos 4.400 convites, sendo 2.200 para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e 2.200 para a Associação Argentina de Futebol (AFA) – que transferiu o repasse de parte dos convites ao consulado do país no Rio de Janeiro.
Ao menos uma nova variante que não circulava no Brasil chegou ao país por causa da Copa América, conforme mostrou o jornal 'Estado de S. Paulo' na última segunda-feira. Testes realizados no Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, identificaram a variante conhecida como B.1.621 em amostras de dois integrantes de delegações estrangeiras. A cepa seria originária da Colômbia e já foi detectada no Equador, Estados Unidos, Caribe e em alguns países europeus, mas era até então inédita por aqui.