Pesquisa na WEG sobre 5G na indústria 4.0 teve parceria da Ericsson e outras organizações (Foto: WEG, Divulgação)
Se o governo federal não fizer mais uma postergação do leilão do 5G, previsto para outubro, o próximo Natal será o da estreia da tecnologia no Brasil. É essa a expectativa do setor de telecomunicações, informa o vice-presidente de Negócios da Ericsson no Brasil, Tiago Machado. Segundo ele, como o setor está se preparando há anos para esse momento, poderá disponibilizar o 5G no período de Natal. A expectativa é grande porque é uma tecnologia revolucionária, que vai transformar quase todos os setores econômicos.
A Ericsson, que é líder no mercado brasileiro em infraestrutura, redes e sistemas de telecomunicações, participou junto com a Claro, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Anatel e outras empresas do projeto de pesquisa da WEG para tecnologia 5G. Segundo Machado, o principal destaque dessa pesquisa foi a latência (rapidez no tempo de resposta), que permite fazer atividades com rapidez, inclusive a distância.
- Ocorrendo o leilão em outubro, que é a expectativa do setor, são necessárias mais algumas liberações, mas a gente acredita que seja possível ter um Natal 5G, o que é muito bom para o varejo, para a indústria. É, sem dúvida, um impulsionador importante para a recuperação econômica. Estamos com bastante expectativa – afirmou o executivo.
Apesar de exigir investimentos por parte de consumidores e empresas, Machado diz que está havendo uma redução nos preços de equipamentos que permitem usar 5G. No caso de smartphones, os preços caíram e podem reduzir ainda mais. O mercado brasileiro já oferece modelos por R$ 1.800. Nos países onde a tecnologia já chegou, os preços caíram para até US$ 200 (R$ 1.049).
Sobre a pesquisa conjunta feita na WEG em uma unidade de indústria 4.0, Machado avaliou que foi um trabalho robusto porque mostrou a importância da redução da latência para manufatura. Também foi a primeira vez que foi avaliado o 5G em serviço híbrido, colocado em ambiente dedicado conectado à rede comercial da Claro.
- Acho que esse teste da WEG, esse ecossistema que se formou lá, caracteriza uma coisa diferente. Mais do que consumir, mostra que o Brasil tem capacidade de exportar tecnologia, de ser um grande player na condução e criação desses ecossistemas de inovação, no desenvolvimento de novas aplicações para o setor industrial de manufatura – avaliou Machado.
A Ericsson é uma das multinacionais que se prepararam para a tecnologia 5G. Nos últimos anos, investiu R$ 1 bilhão em pesquisa e desenvolvimento (P&D) na fábrica que mantém no Brasil, em São José dos Campos. A unidade detém 52% do mercado nacional do setor e exporta para diversos países, inclusive soluções para 5G.
