![](https://wh3.com.br/galerias/noticias/640/212734080809_screenshot_3.png)
Imagens feitas no local mostram beleza das conchas. mas alertam para impacto ambiental da obra (Foto: Dariane Peres, Arquivo Pessoal)
A quantidade de conchas na Praia Central de Balneário Camboriú está chamando a atenção da comunidade no Litoral Norte de Santa Catarina. São milhares delas nas proximidades de onde ocorre o alargamento da faixa de areia.
Imagens feitas pela fotografa Dariane Peres nesta quarta-feira (25) mostram a beleza das conchas, algumas até bastante ornamentais. Entretanto, o cenário que encanta os olhos pode ser reflexo de impacto ao meio ambiente.
O professor de Ecologia e Oceanografia da UFSC, Paulo Horta, acredita que o fenômeno tenha, sim, relação com a obra em andamento na região. Tudo indica que as conchas vieram junto com a areia extraída do mar.
A melhor alternativa, segundo ele, é coletar as conchas e avaliar se há moluscos nelas. A partir daí, são duas possibilidades mais prováveis:
— Eles [moluscos] poderiam já estar mortos. Nesse caso o que foi dragado foi um banco rico em biodetrito. Caso ainda tenhamos sinais de moluscos [vivos] pode ter sido dragado um banco com uma agregação — explica Horta.
A Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Balneário Camboriú garante estar monitorando o caso. Afirma ter recolhido material e que “a grande maioria está vazia, sem animais”.
A nota diz ainda que programas ambientais estão ocorrendo para que a “dragagem não interfira na vida marinha”, inclusive com um biólogo acompanhando os trabalhos 24 horas por dia.
A obra
A colocação da areia começou no domingo (22). A expectativa é ampliar a faixa destinada aos banhistas em cerca de 100 metros por dia. Até agora, aproximadamente 500 metros da praia foram alargados.
Quem acompanha a obra de perto percebe a cor da areia mais escura. É porque chega muito molhada à orla. Nas próximas semanas, conforme for secando, deve clarear, segundo a prefeitura de Balneário Camboriú.