DOSES SUSPENSAS APLICADAS - 09/09/2021 18:53

SC aplicou 73 doses de lote da Coronavac suspenso pela Anvisa

Lote chegou ao Estado no dia 27 de julho, e doses foram distribuídas para Entre Rios e Rio Rufino; quase metade destas aplicações se deram em reserva indígena
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Orientação é que pacientes que receberam doses do lote interditado sejam monitorados por 30 dias – Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil/Divulgação
Santa Catarina aplicou 73 doses do lote L202106038, que foi interditado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no último sábado (4). No dia 27 de julho, o Estado recebeu o lote com 2.100 doses do imunizante Coronavac, distribuído pelo Instituto Butantan.
Destas, 293 doses foram distribuídas para as Centrais Regionais. A reportagem do ND+ rastreou o lote, e apurou que elas foram aplicadas em 38 pessoas em Rio Rufino, na Serra, e em outras 35 – sendo todas estas de uma reserva indígena –  em Entre Rios, no Oeste catarinense.
Uma nota emitida pela Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica), ainda no dia 4 de setembro, informou que 40 doses do lote haviam sido enviadas para a Central de Lages, outras 252 para Xanxerê e uma dose para Chapecó.
A área técnica do órgão detalhou que as 40 doses foram encaminhadas da Central de Lages para o município de Rio Rufino. Além disso, a partir da Central de Xanxerê, 252 doses foram para Entre Rios, e de Chapecó, a única dose havia ido para Saudades.
Quem tomou vacina desse lote em Rio Rufino
De acordo com a Secretaria de Saúde de Rio Rufino, o lote de vacinas contra a Covid-19 chegou no dia 29 de julho, e foi aplicado como segunda dose em 38 pessoas. Na carteira de vacinação do município, não consta o número do lote.
Dessa forma, o cidadão que foi vacinado no período deve conferir se recebeu a vacina do lote L202106038 por meio do aplicativo ConecteSus. Caso realmente tenha tomado o imunizante deste lote, a indicação é procurar a Vigilância Sanitária do município para realizar o acompanhamento.
Rastreio das doses aplicadas em Entre Rios
Já em Entre Rios, onde foi entregue a imensa maioria das doses deste lote em Santa Catarina, a situação é diferente. A Secretaria de Saúde do município informou que, felizmente, 217 das 250 doses ainda estão na geladeira, e não foram utilizadas.
No entanto, 35 doses foram utilizadas na reserva indígena da cidade. A prefeitura informou que há um setor de saúde específico dentro da reserva, e as informações sobre a suspensão do lote e o monitoramento já foram repassadas para a equipe.
Conflito na região de Chapecó
Em relação à dose que foi entregue na Central Regional de Chapecó, há um desencontro de informações. O secretário de Saúde de Chapecó, Luiz Carlos Balsan, garantiu que o lote não foi aplicado no município.
A Dive informou, posteriormente, que esta dose teria ido para Saudades. A Secretaria de Saúde de Saudades, no entanto, nega a informação, alegando que também não recebeu doses deste lote. Até o fechamento desta reportagem, a Dive não deu retorno sobre o paradeiro da dose.
Quem recebeu a dose deve se preocupar?
No dia 4 de setembro, a Anvisa determinou a interdição cautelar de 25 lotes da coronavac, porque eles foram envasados em uma planta de produção não inspecionada.
A distribuição e a aplicação das 12.113.934 doses exclusivamente destes lotes foram proibidas por até 90 dias, enquanto as demais seguem com uso liberado no pPaís.
Em nota, a agência afirmou ter sido informada pelo Instituto Butantan sobre a situação em uma reunião na sexta-feira, às 16h, e, posteriormente, também por meio de um ofício.
A informação repassada pela instituição à Anvisa é que as doses foram envasadas (em frascos com uma e duas doses) em uma planta fabril da Sinovac (desenvolvedora da vacina) na China que não foi inspecionada e aprovada para AUE (Autorização de Uso Emergencial) no Brasil.
“As medidas cautelares também são um ato de precaução, que visa proteger a saúde da população, sendo adotadas em caso de risco iminente à saúde, sem a prévia manifestação do interessado, fundamentadas nos termos da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, sendo aplicáveis para a ação de fiscalização de interdição cautelar”, explicou a agência.
Até esta quinta-feira (9), portanto, não há indícios de que as doses produzidas pelo laboratório provocaram algum tipo de efeito adverso.
Na última segunda-feira (6), o Ministério da Saúde emitiu uma Nota Técnica com as orientações sobre os lotes.
“As doses administradas deverão ser registradas nos sistemas de informação (Sistema do Programa Nacional de Imunizações SI-PNI, e-SUS AB ou sistemas próprios que interoperem com o SI-PNI por meio da RNDS), devendo os usuários, que receberam a vacina, ser acompanhados, durante 30 dias para avaliação de possíveis eventos adversos; Os lotes já distribuídos e/ou aplicados estão sendo rastreados pelas equipes técnicas responsáveis e serão monitorados e controlados até definição final da Anvisa”, conclui a nota do Ministério.
Fonte: ND mais - notícia do dia
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