NOVA TENDÊNCIA - 01/10/2021 07:51

Home office é tendência em empresas de SC no pós-pandemia

Trabalho em casa foi uma medida de emergência durante a pandemia, mas virou moda e se tornou definitivo para muitos trabalhadores
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A sala de jantar virou escritório. Enquanto faz uma reunião virtual com a equipe, o feijão cozinha na panela para ficar pronto no seu horário de almoço. Essa se tornou a realidade de 11% dos trabalhadores ativos no Brasil durante a pandemia de Covid-19 — cerca de 8,2 milhões de brasileiros —, conforme levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com dados do IBGE.  
A adaptação precisou ser rápida pois era uma necessidade global, mas, com o passar do tempo, muitas empresas e trabalhadores perceberam que o home office trouxe mais produtividade e qualidade de vida, e decidiram adotá-lo de forma definitiva. 
Ao decidir por essa nova forma de trabalhar, entretanto, algumas questões estão envolvidas e precisam ser planejadas, como as leis trabalhistas e a saúde do trabalhador. 
O home office foi tão bem recebido pela maioria dos funcionários da Unimed Grande Florianópolis que a empresa implementou uma nova cultura e instituiu o que já é uma tendência global: o anywhere office. Ou seja, o funcionário pode trabalhar de onde estiver, seja em outro estado ou até país. 
Atualmente, cerca de 400 colaboradores na área administrativa da empresa trabalham à distância. 
Conforme o CEO da Unimed Grande Florianópolis, Richard Oliveira, os funcionários mostraram uma adaptação melhor ao trabalho à distância, já que conseguem dar mais atenção à vida pessoal. 
Além disso, com o anywhere office é possível conectar com mais profissionais de outros lugares e consequentemente preencher a vaga com o candidato mais qualificado, sem depender da localização geográfica.  
— Todos os direitos trabalhistas e benefícios foram mantidos no home office, adicionando a esse novo modelo uma ajuda de custo mensal para os colaboradores que se encontram nessa modalidade. Além disso, inauguramos um coworking com os parâmetros necessários para conforto e ergonomia dos colaboradores, sendo uma alternativa para aqueles que querem deixar o home office um pouco de lado — explica o CEO. 
Modelo híbrido é opção entre as empresas 
O modelo híbrido foi a opção adotada pela Nidec Global Appliance, empresa de Compressores e Soluções em Refrigeração, que tem colaboradores distribuídos em 9 países, sendo mais de 5 mil no Brasil, nas cidades de Joinville e Itaiópolis. Desses, cerca de 1 mil empregados da área administrativa continuam trabalhando em home office. 
Conforme, Simone Sumiyoshi Oliveira, gerente sênior global de Recursos Humanos da Nidec Global Appliance, uma pesquisa interna com os líderes da empresa mostrou que os resultados entregues foram positivos durante esse período e grande parte dos colaboradores ficaram mais satisfeitos com a autonomia proporcionada pelo trabalho remoto.   
O foco no colaborador também fez o modelo híbrido virar uma realidade na WK Sistemas, companhia de softwares de gestão empresarial localizada em Blumenau. A empresa que tem atualmente 178 colaboradores decidiu deixar a escolha de trabalhar presencial ou remoto para os próprios funcionários, mesmo no pós-pandemia.   
Quem prefere voltar ao escritório pode trabalhar com roupas confortáveis, de pantufas ou chinelos, e acompanhado do animal de estimação, como se estivesse em casa, conta a diretora administrativa da WK, Cláudia Rutzen. Quando o cenário for 100% seguro, a empresa vai voltar a promover encontros, comemorações e ações presenciais, para manter o contato entre todos os colaboradores.  
Para Sheyla Oliveira, 40 anos, que trabalha há dez anos como Analista de Qualidade da WK Sistemas, o home office trouxe muitos benefícios. A profissional, que havia trabalhado a vida toda de forma presencial, se viu em algumas semanas perfeitamente adaptada ao trabalho remoto. 
Moradora de Gaspar, cidade vizinha de Blumenau, ela conta que além de se sentir mais produtiva em casa, não precisa passar pelo estresse no trânsito. 
— Como a empresa deixou aberto para escolher, eu optei pelo home office, porque eu me adaptei muito bem. Me sinto mais focada, consigo fazer minhas análises com muito mais cautela. Outra coisa é que eu gastava um tempo considerável no trânsito, porque eu não moro em Blumenau. Eu já chegava estressada no trabalho. Hoje eu acordo, faço a minha rotina matinal e não preciso mais passar por aquele estresse no trânsito — conta. 
Sheyla relata que planeja continuar trabalhando em home office no pós-pandemia, tanto que decidiu investir e montar um escritório para ela em casa:
— Meu marido já trabalhava como autônomo, então ele já tinha um escritório montado. Como eu precisei de forma emergencial, quando começou a pandemia, eu acabei utilizando a estação de trabalho dele. 
— Quando a gente percebeu que a situação ia se prolongar, eu vi a necessidade de montar uma estação pra mim. Com base nos requisitos de ergonomia definidos pela empresa, comprei mesa, cadeira e fui montando o meu escritório — relata.

Fonte: Diário Catarinense
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