Saúde - 08/10/2021 14:01 (atualizado em 09/10/2021 07:56)

Obesidade já atinge mais de 10% da população brasileira; veja dicas para mudança de hábitos

Dia nacional de prevenção à doença será na segunda-feira (11)
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Viver com qualidade é uma decisão que pode ser tomada a qualquer hora, mas optar por um estilo de vida mais saudável ainda jovem pode ser a chave para evitar várias complicações. 

Vale o velho ditado: “Prevenir é melhor do que remediar”. Instituído por lei em 2008, O Dia Nacional de Prevenção da Obesidade, em 11 de outubro, é uma boa oportunidade para saber como diminuir as chances de desenvolver a doença que já atinge 10% da população brasileira, ou seja, cerca de 27 milhões pessoas. Os obesos podem desenvolver outros problemas de saúde, como complicações no sistema respiratório e doenças cardiovasculares. A condição também é capaz de comprometer ossos e músculos e desencadear alterações hormonais. 

Chefe do Serviço de Endocrinologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, o médico Rogério Friedman considera que a prevenção à obesidade poderia ser tratada como assunto de saúde pública:

— Envolveria orientação escolar e programas de saúde. Cada vez fica mais claro que a obesidade e a diabetes tipo 2 são marcadores de uma situação sistêmica de como a sociedade vive. Precisaria de uma mudança cultural muito grande, de lideranças, gastar tempo e energia nisso, até porque são doenças crônicas que acabam tensionando o sistema de saúde.

A obesidade é considerada uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo de gordura corporal. Seu diagnóstico é feito por um médico, avaliando as condições do paciente a partir do cálculo do índice de massa corporal (IMC), obtido por meio de um cálculo simples dividindo o valor do peso (em quilogramas) por duas vezes o valor da altura (em metros). Magreza, sobrepeso, obesidade e peso ideal são classificados assim:

- Abaixo do peso: IMC menor que 18,5

- Peso ideal: IMC entre 18,5 e 24,9

- Sobrepeso: IMC entre 25 e 30

- Obesidade: IMC acima de 30

A má alimentação, baseada em alimentos gordurosos e pobres em nutrientes, e o sedentarismo são fatores de risco alto para o desenvolvimento da obesidade, assim como os hábitos sociais e de trabalho aos quais grande parte da população urbana está submetida também podem ser complicadores. 

– É preciso pensar em alternativas para quebrar o ciclo do sedentarismo. Permitir que o corpo se mova. Sair da poltrona. Sentir que deu aquele calorzinho – diz Rogério Friedman.

Como não há políticas públicas de impacto para a prevenção, manter um IMC adequado requer hábitos saudáveis, especialmente quanto à alimentação e à prática de atividades físicas. Uma medida importante é seguir as recomendações de entidades de referência, como a Associação Brasileira para Estudos da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem) e Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).

Dicas para uma vida saudável

- Opte por alimentos in natura: as comidas que você precisa descascar ou lavar são mais indicadas do que aquelas que vêm em lata ou pacote, embora haja produtos embalados saudáveis. Frutas, legumes e verduras são sempre uma escolha certa.

- Evite ultraprocessados: alimentos com alto grau de industrialização costumam ser compostos por substâncias que muitas vezes são danosas para o organismo, especialmente se ingeridas regularmente ou em grandes quantidades. Biscoitos recheados, salgadinhos, embutidos e refrigerantes levam grandes quantidades de sal, açúcar e gorduras saturadas, entre outras adições e alterações que diminuem o valor nutritivo.

- Dose o sal e o açúcar: na medida certa, são temperos importantes, presentes em praticamente todas as refeições do dia. Mas quanto menor a quantidade, menos glicose e sódio no organismo, substâncias que em excesso desencadeiam problemas de saúde importantes.

- Considere comer menos carne vermelha: não só para evitar a obesidade, mas para prevenir outras complicações de saúde. Pesquisas apontam que o consumo sistemático deste tipo de proteína pode desencadear vários tipos de doença, em especial cardiovasculares e cânceres.

- Diversifique os alimentos: um prato colorido e com comidas diversas não só parece saudável como é. Ingerir alimentos de origens diferentes, como grãos, verduras, legumes e frutas é uma garantia de alimentação balanceada, que contém uma vasta quantidade de nutrientes, fibras e vitaminas que vão beneficiar o pleno funcionamento do organismo.

- Reserve tempo para as refeições: parte da qualidade da alimentação passa também pela forma como nos alimentamos. Um bom hábito é separar tempo para comer e fazer isso com calma, mastigando bem e com foco na refeição, preferencialmente sem estar vendo TV ou realizando outra atividade em paralelo.

- Pratique atividade física: quase tão importante quanto a alimentação correta é movimentar o corpo. 

- Faça pausas: procure fazer pequenos intervalos durante a atividade laboral para se movimentar. Às vezes, sair da frente do computador, dar alguns passos, alongar um pouco os músculos pode fazer uma grande diferença na rotina.

- Movimente-se 150 minutos por semana: a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os indivíduos adultos adotem 150 minutos de atividade física moderada semanalmente, o que equivale a pouco mais de 20 minutos por dia.

Fonte: Rogério Friedman, chefe do Serviço de Endocrinologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, membro da Sbem e membro do Departamento de Epidemiologia e Prevenção da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso)

Produção: Állisson Santiago

Fonte: ND+
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