no litoral - 23/11/2021 06:20

Cocaína no gelo e perseguição em alto-mar: operação da PF em SC mira tráfico internacional

Grupo usava barcos pesqueiros para levar cocaína à Europa e à África; entenda
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Em uma das operações, policiais encontraram droga sob gelo(Foto: PF, Divulgação)
Uma organização criminosa que usava barcos pesqueiros de Santa Catarina para levar cocaína à Europa e África foi desarticulada pela Polícia Federal nesta terça-feira (23). Conforme as investigações, o grupo simulava operações de pesca para movimentar toneladas de cargas da droga para o alto-mar, de onde seriam resgatadas por embarcações estrangeiras e então levadas até os países dos dois continentes. 
Batizada de Mar Aberto, a ação busca cumprir seis mandados de prisão preventiva e 20 de busca e apreensão em Balneário Camboriú, Camboriú, Itapema, Porto Belo, Florianópolis, Itajaí, Navegantes e São José, além do Paraná e Espírito Santo.
Com a autorização da Justiça de Itajaí, também estão sendo sequestrados veículos, imóveis e duas embarcações de pesca industrial pertencentes aos suspeitos.
As investigações começaram em outubro do ano passado. Com elas, as autoridades descobriram que a organização criminosa adquiriu barcos de pesca industrial para transportar grandes quantidades de cocaína para o exterior. Além disso, contratou, em vários pontos do país, tripulações especializadas na atividade de navegação marítima para realização de longas travessias intercontinentais.
A Polícia Federal identificou três barcos pesqueiros da região de Itajaí, além de operadores logísticos e gerentes operacionais em solo. Em julho, uma embarcação foi abordada na foz do Rio Itajaí-Açu. Nela havia 2,8 toneladas de cocaína ocultas sob uma camada de gelo. 
À época, sete tripulantes foram presos em flagrante. Outro barco foi interceptado em Porto Belo no mesmo período, quando 844 quilos de cocaína foram encontrados no porão da embarcação, ocultos dentre as redes de pesca. Oito foram para a cadeia.
Em uma segunda fase da investigação, deflagrada em setembro e denominada Operação Coroa, outros sete envolvidos também foram detidos, todos ligados a atividades logísticas de facilitação à operação de tráfico.
Uma terceira embarcação, também originária da frota pesqueira de Itajaí, estava sendo monitorada desde sua estada junto ao porto de Natal (RN), de onde partiu em fevereiro. Em aproximação ao litoral de Recife (PE), teria sido carregada com 2.800 quilos de cocaína e seguiu viagem rumo à costa da África. Perseguida em alto-mar, a tripulação teria dispensado as bolsas náuticas que continham a droga, não sendo possível a apreensão da carga ilícita naquela vez.
Depois do ocorrido, entre os meses de maio e julho, bolsas de cocaína começaram a chegar no litoral da Bahia e Espírito Santo, onde foram sendo encontradas pela população local. Há registro de que até o momento foram arrecadadas 17 bolsas náuticas intactas, carregadas com 442 quilos de cocaína.
As investigações apontam que, ao longo de um ano, a organização criminosa tentou exportar para os continentes africano e europeu ao menos 6,5 toneladas da substância ilícita. As provas que estão sendo coletadas auxiliarão na identificação dos financiadores da atividade criminosa, dentre outros eventuais participantes.
Por suas condutas, todos os investigados devem responder pelos crimes de tráfico internacional e associação para o tráfico, com penas somadas de 8 a 25 anos de prisão, além do sequestro dos bens. As apurações continuam.

Fonte: NSC
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