patinhas na areia - 16/12/2021 08:29

Cachorros estão proibidos na praia alargada em Balneário Camboriú e provocam campanha nacional

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Perfil @manas_aventureiras está entre os que aderiram à campanha (Foto: Arquivo pessoal/Instagram /@manas_aventureiras)
Uma campanha nas redes sociais quer sensibilizar a prefeitura de Balneário Camboriú para que autorize a permanência de cachorros nas praias. Lançada em resposta à instalação de mais de 100 placas que indicam a proibição de circulação de animais na faixa de areia recém-alargada da Praia Central, a hashtag “vaitercachorronapraiasimsc” reúne fotos de cães de todo o país, em defesa da liberação.
Os “ativistas” são de todos os tamanhos e estilos. Golden retrievers, poodles, beagles, samoiedas e sorridentes vira-latas. Entre eles estão alguns perfis "influencers", com milhares de seguidores nas redes sociais. O texto, compartilhado junto com cada uma das fotos, aponta que houve exagero na ação de repressão aos cachorros imposta pela prefeitura – e sugere uma reflexão sobre a proibição às patinhas na areia.
“Hoje as leis proíbem a circulação dos cães em quase todas as praias do Brasil, mas essa proibição faz realmente sentido no segundo país que mais tem cães no mundo? ”
“A exemplo do que já acontece e funciona em outros países, nossa sugestão é a criação de faixas de areia destinadas a circulação pet e regras de convivência aos responsáveis pelos cães (como recolher os dejetos do seu cão)”.

A secretária de Meio Ambiente de Balneário Camboriú, Maria Heloísa Lenzi, não considera que as mais de 100 placas que indicam que são proibidos animais na faixa de areia sejam um exagero. Segundo ela, o número leva em conta a dimensão atual da orla, que foi triplicada com as obras de alargamento. A ideia é que os tutores não possam dizer que não viram a placa sobre a proibição – o que, segundo ela, é um argumento muito comum quando abordados pela fiscalização.
Maria Heloísa diz que um dos motivos para a proibição são “questões de higiene”.
- Não temos pessoas educadas pra recolher fezes e areia onde os animais fazem seus dejetos. O outro ponto, que nasce no Conselho de Proteção Animal, é que a praia é um ambiente ruim para o animal e o poder público tem que zelar por todos. O cachorro pode comer restos de animais marinhos, pode ter queimadura de pele, ter insolação. O Conselho de Medicina Veterinária não aconselha, isso as pessoas têm que entender – diz.
A secretária afirma que Balneário Camboriú “é uma cidade pet friendly” e que o projeto de reurbanização do calçadão da Avenida Atlântica prevê 14 novos dog parks na orla – mas longe da areia.

Praias famosas já permitem cachorros
A campanha pela liberação dos cachorros na Praia Central de Balneário Camboriú vem na esteira da liberação de praias para cães em outros destinos turísticos famosos no país. O caso mais recente é o de Santos (SP), onde eles terão a permanência autorizada em algumas praias, em um projeto-piloto. Ao longo dos primeiros seis meses de vigência das novas regras, a prefeitura fará um acompanhamento da saúde dos animais, da qualidade da água e da areia nos locais demarcados.
No Rio de Janeiro (RJ) e em Natal (RN), leis já autorizam há mais tempo a presença de cães nas praias junto com os donos. Entre as regras estabelecidas, está a exigência de portar certificado de vacinação e vermifugação, físico ou digital.
Em 2020, um projeto de lei do vereador David La Barrica (Patriota) tentou delimitar espaços nas praias de Balneário Camboriú para a liberação de cachorros acompanhados dos tutores. Mas a proposta foi barrada pela Comissão de Justiça e Redação, e acabou arquivada.
Fonte: Dagmara Spautz/ DC
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