COBRANÇA DO GOVERNO - 06/01/2022 14:04

Governo de SC cobra atendimento médico dos municípios: “se querem festa, devem ofertar saúde”

André Motta Ribeiro detalha a falta do cumprimento das regras sanitárias para conter Covid-19 por parte da população e ausência de reforço no atendimento médico nos municípios catarinenses
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As cenas de lotação na rede hospitalar de Santa Catarina se tornou rotineira nos primeiros dias de 2022. O secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, apontou, nesta quarta-feira (5), que o fato é reflexo das aglomerações e festas realizadas nas cidades catarinenses nos feriados de Natal e Ano-Novo.
“São os mesmo municípios que fizeram festas grandiosas no Réveillon. No início de dezembro eu alertei por meio de ofício que não fizessem recesso nos postos de saúde e pronto atendimento, mas aumentassem a capacidade de atenção e acolhimento de pacientes”, relembra o secretário.
Assim como mostrou ND+, uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Araranguá registrou um aumento de mais de 100% desde a virada do ano. Antes disso, a média era de 100 a 150 pacientes por dia. Hoje, no entanto, gira em torno de 300 a 320.
“Os municípios querem fazer festas e precisam fiscalizar. Se der problema, é necessário ofertar atendimento de saúde para as pessoas, seja de baixa, média ou alta complexidade”, avalia o secretário.
Apesar das filas de espera para atendimento em hospitais e UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), o secretário detalha que ainda não reflete na ocupação e mortes por Covid-19 no Estado.
“Não existe nenhum movimento diferente. Atualmente, temos apenas 124 pacientes internados no Estado inteiro e quase 500 leitos vagos. As internações clínicas estão tranquilas e não houve tradução do número de casos em gravidade”, exemplifica.
A Grande Florianópolis, região com o maior aumento de casos, registrou 42,86% dos leitos (36) de UTI Covid-19 ocupados nesta quarta-feira (5). É a segunda ocupação mais alta. A SES (Secretaria de Estado da Saúde) estima que a região registre 1.257 novos casos até o dia 11 de janeiro – a região tem a pior previsão de crescimento.
A região com mais leitos ocupados é o Norte de Santa Catarina, com 43,57%. Os hospitais totalizam 79 unidades disponíveis neste momento. Depois vêm Vale do Itajaí (21,82%), Sul (20,88%), Grande Oeste (18,33%), Foz do Rio Itajaí (17,46%) e Meio-oeste e Serra (2,20%).
Ainda de acordo com o painel de Leitos de UTI do SUS em SC, atualizado na manhã de quarta-feira, Santa Catarina tem 639 leitos ativos para tratamento de pacientes com a doença e apenas 25% estão ocupados.
Além disso, o governo estadual informou que manterá as vagas de UTI para Covid-19, independente da ocupação dos leitos.
A medida, anunciada na noite desta quarta-feira, vai contra o Ministério da Saúde, que informou que só pagará os leitos de UTI Covid que comprovarem “produção” e desautorizará automaticamente os que não estiverem operando a partir de fevereiro. De acordo com o governo do Estado, cada leito custa R$ 1,6 mil por dia para ser mantido.
Lockdown ou novas medidas sanitárias descartadas
O secretário de Estado da Saúde afirma que o cenário epidemiológico ainda não é o suficiente para determinar novas regras sanitárias, mas que as atuais precisam ser obedecidas e que a população precisa fazer a sua parte.
“São 22 meses de enfrentamento e as pessoas ainda não entenderam que é necessário cumprir as regras sanitárias? Essa é a grande questão. Não adianta fazer lockdown porque não funciona”, finaliza o secretário.
Além disso, André Motta Ribeiro voltou a reforçar a necessidade do uso de máscaras em espaços com aglomerações.
“É importante destacar que é necessário o uso de máscaras em espaços abertos com aglomeração e onde não é possível o distanciamento. A regra segue valendo para o Centro de Florianópolis, praias e estádio de futebol, por exemplo”, finaliza.

Fonte: ND mais - notícia do dia
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