Outras quatro vítimas do desabamento de rochas no Lago de Furnas, em Capitólio (MG), foram identificadas pela Polícia Civil de Minas Gerais neste domingo (9). No final desta manhã, o órgão divulgou a identidade do primeiro entre os 10 mortos do deslizamento de parte de um cânion, que ocorreu entre 12h30min e 13h de sábado (8), atingindo quatro embarcações.
A primeira vítima identificada foi Júlio Borges Antunes, 68 anos, natural de Alpinópolis (MG). O corpo do homem já foi liberado aos familiares, assim como os de Camila Silva Machado, 18, de Paulínia (SP), e Mykon Douglas de Osti, 24, de Campinas (SP). Já os corpos de Sebastião Teixeira da Silva, 64, nascido em Anhumas (SP), e de sua esposa, Marlene Augusta Teixeira da Silva, 57, de Itaú de Minas (MG), ainda precisavam ser retirados pela família no Posto Médico-Legal (PML).
De acordo a Polícia Civil, as cinco identificações foram obtidas por meio da papiloscopia (impressões digitais). O delegado regional do município de Passos, Marcos Pimenta, salienta que a prioridade do órgão, no momento, é concluir a identificação das vítimas."A gente nunca viu um desprendimento de pedra desse porte, tão grande", diz prefeito de Capitólio"A gente nunca viu um desprendimento de pedra desse porte, tão grande", diz prefeito de Capitólio
Marinha do Brasil vai abrir inquérito para apurar as causas do desastre em CapitólioMarinha do Brasil vai abrir inquérito para apurar as causas do desastre em CapitólioEle também afirma que, inicialmente, a equipe de investigação levantou os dados de 10 ocupantes da lancha Jesus, que foi diretamente atingida pela pedra que desabou. Segundo Pimenta, essas pessoas se conheciam e estavam hospedadas em uma pousada em São José da Barra.
Em nota, o órgão destaca que os corpos e fragmentos corpóreos encontrados na área do acidente passam primeiro por um trabalho pericial em um clube náutico da região que serve como ponto de apoio. Depois, são levados ao Posto de Perícia Integrado (PPI) em Passos. Às 20h10min deste domingo, outras cinco vítimas estavam em processo de identificação formal.
Para ajudar na identificação, estão sendo aplicados protocolos que foram utilizados com as vítimas do rompimento da barragem em Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte. Marcos Amaral, médico-legista do PPI, relata que a coleta de impressões digitais foi feita e encaminhada ao Instituto de Identificação para análise. A Polícia Federal também está auxiliando no trabalho, a fim de agilizar o processo de identificação e liberação dos corpos.
Além da identificação das vítimas, a Polícia Civil de Minas Gerais instaurou um inquérito policial para “pormenorizar os fatos e verificar as condições em que ocorreu a queda da pedra” e criou um grupo de acolhimento de familiares para troca de informações que possam auxiliar no processo e para repasse do andamento dos trabalhos. Uma força-tarefa formada por outras instituições, como Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Defesa Civil e Marinha do Brasil, está atuando no caso.
