PATRIMÔNIO BRASILEIRO - 20/01/2022 09:32 (atualizado em 20/01/2022 10:13)

Dia Nacional do Fusca: história e curiosidades de um modelo que marcou gerações

Uma das linhas de automóveis mais queridos do Brasil, completa 63 anos nesta quinta-feira (20)
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Reprodução / Internet

O dia 20 de janeiro de 1959 deu início a uma era que se tornaria marco na história automobilística do país: o Fusca, um dos modelos mais queridos do brasileiro, passou a ser inteiramente produzido em território nacional. O amado "fusquinha" só deixaria de ser fabricado em 1996, mas ainda possui um lugar especial na memória de muitas pessoas.

O modelo começou a ser vendido no Brasil anos antes, em 1950, mas naquele momento era importado. Os primeiros exemplares vinham desmontados da Alemanha e eram finalizados pela empresa Brasmotor. Em 1953, a Volkswagen instalou uma montadora própria em São Bernardo do Campo, em São Paulo, e passou a montar os carros, mas sem produzir as peças.

A história do Fusca está envolta em polêmicas e incertezas, já que, na época da criação, não foi dada importância para documentação, pelo fato de não se acreditar que o veículo fosse ter qualquer valor histórico. Contudo, existem algumas respostas precisas para determinadas questões.

O modelo foi criado na Alemanha pelo engenheiro austríaco Ferdinand Porsche, nos anos de 1930, com a ideia de ser um "carro do povo" para um país que, até então, via os veículos como algo da burguesia. Ao assumir o poder em 1934, com a promessa de modernizar e recuperar a nação devastada tanto pelas dívidas da Primeira Guerra Mundial quanto pela Grande Depressão de 1929, Adolf Hitler apoiou a ideia do inventor. Contudo, o chanceler havia imposto algumas condições para que o modelo fosse projetado, como a capacidade de levar quatro passageiros, alcançar e manter a velocidade média de 100 km/h e fazer 13 quilômetros com um litro de gasolina.

As especificidades técnicas e o prazo de tempo curto para apresentação do primeiro protótipo renderam diversos problemas e desafios para a equipe do engenheiro. Além disso, existem diversos pontos polêmicos, como as críticas dos fabricantes de carros, acostumados a produções de luxo até então, e as reclamações pelo fato de o governo alemão interferir na produção de automóveis. Entre idas e vindas, o primeiro protótipo foi apresentado em dezembro de 1934, mas o veículo só passaria a ser produzido, de fato, em 1938.

Com o começo da Segunda Guerra Mundial, a produção em série foi interrompida para atender às demandas que o conflito exigia. Mas a fabricação foi retomada logo após o término do conflito. 

A brincadeira do fusca azul

Uma brincadeira muito popular entre os jovens nas escolas consiste em dar um soco ou um tapa no amigo mais próximo a partir do momento em que se vê um fusca azul. O jogo é muito antigo e suas origens são incertas.

Uma das versões aponta que tudo começou com uma história envolvendo Henry Ford, o magnata fundador da Ford. Durante um período de crise, a empresa só comercializou veículos na cor preta, tanto que foi dessa época que surgiu a frase clássica atribuída ao empresário: “O cliente pode ter o carro que quiser, desde que ele seja preto”. 

Certo dia, um funcionário responsável pela produção da tinta dos veículos errou a mão e acabou pintando um lote inteiro de azul escuro. A lenda diz que Henry Ford não gostou nada do descuido, de forma que ele deu um tapa nas costas do funcionário na frente de todos os seus colegas, além de não disponibilizar os veículos para venda. Esses mesmos foram reservados para a frota interna da fábrica, então toda vez que um funcionário via um desses carros passar pela fábrica, logo imitava o patrão e desferia um tapa nas costas do colega mais próximo.

Anos mais tarde, com a popularização do fusca a brincadeira se modificou. Nos países de língua inglesa, o modelo é chamado de Beetle (besouro) e nos Estados Unidos, também era chamado de Bug (inseto). Portanto, a brincadeira foi associada ao ato de “esmagar o inseto”. Dessa forma, ao ver um “bug” ou “fusca”, os amigos corriam para esmagar o inseto no braço dos amigos. No Brasil, a brincadeira também se modificou e acabou misturando o Fusca e à cor azul quando o carro foi introduzido no mercado nacional nos anos 1950. 

Produção: Nikolas Soares e Gabriel Mattos

Fonte: Gaúcha ZH
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