Leandro Demori foi perseguido e ameaçado em Balneário Camboriú (Foto: Reprodução)
A coluna apurou que o homem de 42 anos, cuja identidade não foi revelada pela polícia, não se manifestou sobre a motivação para a ameaça. No dia 9 de janeiro, ele seguiu o jornalista que caminhava pela Avenida Brasil, no início da tarde, acompanhado da mulher e do filho de três anos. Tocou no ombro de Demori e falou “se liga que a vida do teu filho depende de ti”.
A coluna teve acesso com exclusividade a imagens de uma câmera de segurança que mostram a abordagem.
O caso provocou diversas manifestações de apoio, de entidades como a Associação Catarinense de Imprensa (ACI), Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina, Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e Ordem dos Advogados do Brasil em SC (OAB-SC). O catarinense Leandro Demori é um dos mais relevantes jornalistas brasileiros da nova geração. Entre seus trabalhos está a publicação da série Vaza Jato.
Alvo constante de ameaças, desde 2019, Demori costuma estar acompanhado de seguranças e a Organização das Nações Unidas (ONU) recomendou ao governo brasileiro que oferecesse a ele medidas protetivas, sem resposta.
Em 2021, o Brasil entrou na chamada "zona vermelha" de risco à liberdade de imprensa devido à escalada de ataques e ameaças a jornalistas. O levantamento é feito da organização internacional Repórteres Sem Fronteiras. A Fenaj registrou 431 casos no país no ano passado, o maior desde que os dados começaram a ser contabilizados, na década de 1990.
