A PF (Polícia Federal) deflagrou nesta quarta-feira (23) a primeira fase da operação Inclementer na Serra catarinense. A ação tem como objetivo investigar um esquema criminoso de desvios de recursos públicos na concessão do auxílio emergencial, do Governo Federal.
As investigações iniciaram ainda em 2021, quando houve uma denúncia de que pessoas, possivelmente ligadas ao tráfico de drogas, estariam atuando em esquemas criminosos para fraudar o benefício assistencial com nomes e dados de terceiros na região.
Durante operação nesta manhã, um mandado de busca e apreensão foi cumprido em Lages. Segundo a PF, a medida judicial visa colher provas sobre a participação das pessoas envolvidas com as fraudes, bem como a apreensão de bens e documentos que possam estar sendo utilizados para os crimes.O inquérito policial, agora, segue em curso e os investigados poderão ser indiciados pela prática de furto qualificado mediante fraude, de falsificação de documento público e de associação criminosa, cujas penas máximas somadas podem chegar a 17 anos de prisão.
Operação Inclementer
De acordo com a PF, o nome “Inclementer” vem do latim “impiedoso” ou “cruel” e faz referência aos envolvidos com o esquema criminoso investigado.SC já foi alvo de operação nacional contra fraudes no auxílio emergencial
Em 2021, a Polícia Federal também deflagrou uma série de operações para combater fraudes aos benefícios emergenciais. Ao todo, foram 114, com a expedição de mais de 443 mandados de busca e de 50 mandados de prisão.Em Santa Catarina, as operações se concentraram em Balneário Camboriú, Blumenau e Ituporanga. Outras ações também ocorreram nos Estados da Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Pará e Santa Catarina.
O objetivo das ações foi realizar a identificação de fraudes massivas e a desarticulação de organizações criminosas, com a responsabilização de seus integrantes, além de recuperar os valores para o erário.