ANÁLISE - 24/02/2022 16:03 (atualizado em 24/02/2022 16:15)

Petrobras vai monitorar impacto de invasão à Ucrânia para petróleo antes de decidir sobre reajustes

A Petrobras é dominante no mercado. E, portanto, qualquer mudança adotada pela estatal produz impacto em toda a cadeia
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A Petrobras avaliará os impactos da alta volatilidade dos preços do petróleo no mercado internacional, após o ataque feito pela Rússia à Ucrânia, antes de tomar qualquer decisão sobre os preços, disse o diretor-executivo de Comercialização e Logística, Cláudio Mastella.
"Não tenho uma resposta fácil nem simples neste momento, o fato é que devemos continuar observando o mercado por mais algum tempo e observando em paralelo a evolução do câmbio no Brasil", disse o executivo.
O presidente da companhia Joaquim Luna e Silva, disse à Reuters que o cenário ainda é de muita incerteza e volatilidade para uma definição de eventuais reajustes. "Estamos vivendo um momento de pico de volatilidade e de extrema incerteza. Nesse cenário, vamos continuar observando minuto a minuto", declarou.
Segundo a Petrobras, a desvalorização recente do dólar frente ao real tem permitido que a empresa mantenha, desde 12 de janeiro, os valores médios de gasolina e diesel inalterados em suas refinarias, apesar de um avanço das cotações do barril do petróleo no exterior.
O último reajuste de preços de combustíveis foi anunciado em janeiro pela Petrobras
"Com relação a defasagem... em função de diversas tensões geopolíticas, a gente tem observado elevação dos preços nas ultimas semanas e, em paralelo o dólar foi desvalorizando. Com esses dois movimentos, em contraposição, a gente pôde manter nossos preços", afirmou.
O petróleo Brent superou a marca de 100 dólares o barril pela primeira vez desde 2014 nesta quinta-feira, subindo cerca de 7% para quase US$ 105 por volta de 13h (horário de Brasília), o que levou a alta no acumulado no ano a romper os 30%. Já o dólar saltou nesta quinta-feira frente ao real depois de a moeda norte-americana cair pelo quarto pregão consecutivo na véspera.
"No momento atual, hoje em particular, naturalmente trouxe uma volatilidade muito mais elevada para os mercados, que a gente ainda está observando", ponderou.
Mastella frisou ainda que a empresa segue praticando preços que a gente julga competitivos em equilíbrio com o mercado internacional, mas evitando repassar volatilidades.
"Esse equilíbrio entre preço interno e preço internacional é o que garante atendimento a mercado interno em bases econômicas, sem risco de desabastecimento, pelos diversos atores", frisou.
Desde 2016, a Petrobras alterou a sua política de preços para seguir a paridade com o mercado internacional. Os preços de venda dos combustíveis praticados pela estatal passaram a acompanhar a variação do valor do petróleo no mercado internacional e a variação cambial. Dessa forma, uma cotação mais elevada da commodity e uma desvalorização do real têm potencial para contribuir com uma alta de preços no Brasil.
A Petrobras é dominante no mercado. E, portanto, qualquer mudança adotada pela estatal produz impacto em toda a cadeia.
O valor dos combustíveis também é composto, em menor proporção, pelos tributos federais (PIS/Pasep, Cofins e Cide) e estadual (ICMS), além do custo de distribuição e revenda. Há ainda o custo do etanol anidro, que é adicionado à gasolina, e o valor do biodiesel, que compõe o diesel.
Fonte: G1
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