AVENTURA PELA ESTRADA REAL - 14/03/2022 09:09 (atualizado em 14/03/2022 09:26)

FOTOS: Ciclistas de SMOeste já percorreram 354 KMs pela antiga Estrada Real do Brasil

Pedal iniciou em Ouro Preto (MG) e terminará em Paraty (RJ)
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Foto: Divulgação/ Rádio 103 FM
Foto: Divulgação/ Rádio 103 FM

Os ciclistas de São Miguel do Oeste, Beto Fiorini, Daniel Zanotelli e Maribel Cavaleri, já percorreram 354 quilômetros da aventura pela antiga Estrada Real do Brasil, primeiro trajeto utilizado pela Coroa Portuguesa para levar as riquezas até o mar. O pedal iniciou em Ouro Preto (MG) e terminará em Paraty (RJ).

Confira o Diário de Bordo deste final de semana: 

Sexta-feira (11)

Pedal de hoje iniciou em Congonhas e foi concluído em Lagoa Dourada-MG. Foram 110,3 km, com 2.415m de ganho de elevação. 

Muitas estradas de chão batido, muitas delas passando pelo interior de fazendas e também muitas trilhas em meio à mata fechada. Nesta mata, nosso carro de apoio, pilotado pelo motorista Darci Zanotelli, não conseguiu nos acompanhar, pois teve um ponto que não passava carro devido à vegetação e também com um  local de atoleiro, intransitável  para automóveis.  Muitos locais históricos com igrejas construídas à  mais de 300 anos. 

Tivemos mais um dia sem incidentes, apenas um pneu furado. As culturas passam a ser as mesmas de nossa região, com plantações de milho e soja e criação de bovinos de corte e leite. 

Sábado (12) 

Hoje nosso pedal foi curtinho, apenas 47 km. Saímos de Lagoa Dourada (MG) com destino a Tiradentes (MG).

Aos 18 km de percurso tivemos um problema técnico, em seguida resolvido com a presteza e agilidade do nosso 4X4, Darci Zanotelli. Muita elevação no trajeto de hoje.

Curiosidades:

Desde o início de nosso passeio, percebe-se a religiosidade do povo Mineiro. Outro ponto a ser observado é o alto número de cães abandonados nas ruas. Chama atenção o que em nossa região denominamos de "mata-burro". Aqui os fazendeiros o utilizam para não permitir a passagem do gado entre uma fazenda e outra, pois as estradas cruzam as propriedades e não há porteira que impeça o livre deslocamento do rebanho.

São fabricados em metal, com trilhos de trem. - Andamos muitas léguas sem encontrar uma casa e em quase todo o percurso sem trânsito de nenhum automóvel.

Isto torna o percurso um pouco perigoso, pois   em caso de acidente não tem pra quem pedir socorro, mas nós temos auxílio do nosso carro de apoio, sempre presente.

Domingo (13)

Saímos de Tiradentes (MG) e pernoitamos em Carrancas (MG). Muitas trilhas fechadas no caminho, onde nosso carro de apoio não podia transitar.

Em todo trajeto, muitas igrejas históricas e centenárias. Passamos por  plantações de café  e de feijão, pois já estamos no sul de Minas Gerais.

Nenhum pneu furado, nenhuma queda. Apenas um susto em um "mata burro e ciclista", pois quase cai dentro.

Enfrentamos muitas subidas, como sempre. Fomos agraciados com  chuva no caminho, o que nos deixou eslameados. Na divisa entre Catende (MG) e Capela do Saco (MG), passamos pelo lago utilizando uma balsa, muito rudimentar, movida com motor de um trator adaptado. Muito hilário. 

Também encontramos uma "moto leiteira", isto é, uma moto com dois galões nas laterais, que faz venda de leite "in natura" nas casas. 

A distância percorrida até agora foi de 354 km, com ganho de elevação de 7.076 metros.


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Fonte: Rudinei Heinle/ Redação WH Comunicações
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