despesas - 20/04/2022 10:13

Com alta da inflação, 64% dizem ter reduzido gastos nos últimos seis meses, diz pesquisa

Inflação em março subiu para 1,62%, maior percentual para o mês desde 1994
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Pesquisa divulgada nesta quarta-feira (20) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que, com o aumento da inflação, 64% dos entrevistados disseram ter reduzido gastos nos últimos seis meses. Desses, metade informou ter feitos cortes "grandes ou muito grandes" nas despesas.
O levantamento, feito pelo Instituto FSB Pesquisa, ouviu 2.015 pessoas entre 1º e 5 de abril. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação em março subiu para 1,62%, maior percentual para o mês desde 1994, isto é, a maior dos últimos 28 anos. No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação registra aumento de 11,30%.
Puxado principalmente pelo aumento no preço dos combustíveis, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, fechou 2021com aumento de 10,06%, o pior resultado em seis anos.

Cortes nos gastos
Saiba abaixo quais gastos os entrevistados disseram ter cortado nos últimos seis meses, segundo a pesquisa CNI:
34% deixaram de comprar material de construção;
29% cancelaram TV por assinatura;
24% deixaram de fazer refeições fora de casa;
23% deixaram de comprar eletrodomésticos;
16% reduziram gastos com combustível;
15% deixaram de consumir combustível;
15% deixaram de comprar roupas e sapatos;
14% afirmaram não usar mais transporte público;
12% cortaram a conta de celular.

Ainda segundo a pesquisa:
- O impacto da inflação foi sentido nos últimos seis meses por 95% da população;
- Para 87%, os preços subiram "muito" nos últimos seis meses.

Cenário global
Ao analisar os resultados da pesquisa, o presidente da CNI, Robson Braga, afirmou que há "incertezas" no cenário global, o que tem causado temor na economia em todo o mundo.
"A guerra travada na Ucrânia trouxe mais incertezas para a economia global, o que impulsiona a inflação e desperta o temor de retrocesso da economia em todo o mundo", avaliou.
Para ele, diante dessa conjuntura, o Brasil precisa adotar as medidas para incentivar:
- crescimento econômico;
- geração de empregos;
- aumento da renda da população.
"A principal delas é a reforma tributária. Não temos como fugir disso", opinou. Estudo do Centro de Cidadania Fiscal estima que a reforma tributária sobre o consumo, discutida pelo Congresso Nacional nas últimas décadas, mas que segue travada, tem potencial para elevar o PIB do Brasil em no mínimo 10% nas próximas décadas.

Outros números
Veja outros resultados da pesquisa divulgada pela CNI:
76% dos brasileiros afirmaram que a situação financeira foi prejudicada pela inflação (as mais afetadas são as pessoas sem escolaridade; com renda de até um salário mínimo; e moradores do Nordeste);
66% dos entrevistados disseram acreditar que a inflação vai aumentar nos próximos seis meses;
81% disseram avaliar que a situação econômica atual é tão grave ou mais grave que crises econômicas anteriores.

Os entrevistados também informaram quais gastos aumentaram:
59% aumentaram os gastos com conta de luz;
56% aumentaram os gastos com gás de cozinha;
52% aumentaram os gastos com arroz e feijão;
51% aumentaram os gastos com água;
50% aumentaram os gastos com combustível;
49% aumentaram os gastos com frutas e verduras;
48% aumentaram os gastos com carne vermelha.

Projeções
Ainda de acordo com a pesquisa, os entrevistados responderam da seguinte maneira ao serem questionados sobre como preveem os gastos nos próximos seis meses:
47% afirmaram que pretendem manter os gastos;
33% disseram que pretendem diminuir os gastos;
5% afirmaram que pretendem diminuir muito os gastos.
Fonte: G1
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