As buscas pelo avião ocupado por três brasileiros que desapareceu na Argentina completou 15 dias na última quarta-feira (20). Apesar da aeronave ainda não ter sido encontrada, a Defesa Civil de Chubut revelou otimismo com os trabalhos que têm sido feitos.
Em entrevista ao periódico El Chubut, da Argentina, o diretor da Defesa Civil de Chubut, José Mazzei, deu detalhes das operações de busca pelo avião.
Mazzei explicou à publicação que a “polícia brasileira forneceu contatos com cinco antenas de celular que, com base na triangulação, nos dão um novo ponto de dados”.
Junto com a equipe do Conicet-Cenpat, foi realizada “uma inspeção do fundo do mar para ver se o sonar poderia ser usado nesta área”.
“Em 48 horas conseguimos ter uma cobertura de uma milha quadrada e estimamos que o radio de cobertura seja em torno de 16 milhas”, informou o diretor. “Vai demorar vários dias, mas estamos muito otimistas com o trabalho que estamos fazendo”, completou.
Em entrevista ao periódico La Nacion, da Argentina, Mazzei revelou que o telefone celular de um dos ocupantes da aeronave, a partir do cruzamento de dados com antenas da região, indica uma localização a leste da cidade de Comodoro Rivadavia, em alto mar.
“Conseguimos ter as informações de geolocalização dos celulares dessas pessoas. Eles tinham três telefones iPhone. Um deles é o que teve o sinal mais constante e é o que indica uma localização a leste de Comodoro Rivadavia (na altura do aeroporto) e vamos procurar lá”, disse o responsável. O sinal foi detectado pela Polícia Civil de Santa Catarina.
No dia 6 de abril o avião catarinense desapareceu na Argentina. A aeronave Van’s RV-10 era ocupada pelo empresário Toninho Ramos, o advogado Mário Pinho e o médico Gian Carlos Nercolini.
O voo saiu de El Calafate, Sul da Argentina, com destino a Trelew, na Patagônia. O último contato registrado foi com o CCA (Centro de Controle de Área) de Comodoro Rivadavia.