Dengue já causou 16 óbitos em SC (Foto: Divulgação)
O comunicado sobre a falta de testes chegou aos municípios nesta semana e causou preocupação quanto ao monitoramento do avanço da dengue. Desde o início de abril, a Diretoria Estadual de Vigilância Epidemiológica (Dive) já havia flexibilizado os diagnósticos de dengue nas cidades com transmissão sustentada, reduzindo o envio de amostras ao Lacen.
As prefeituras têm feito o diagnóstico com laboratórios privados - o que não era usual no controle da dengue - ou por meio de avaliação da condição clínica do paciente em consulta. Outra análise utilizada é o exame de sangue comum, com contagem das plaquetas. São maneiras alternativas de manter a notificação de casos.
A Superintendência de Vigilância em Saúde diz que a falta de testes é reflexo de um represamento no Ministério da Saúde, que está com problemas na aquisição. No caso do RT-qPCR, o fornecedor teve problemas na produção dos kits e suspendeu a entrega dos lotes encomendados pelo governo federal. Outro teste com problemas de fornecimento, segundo o Estado, é a pesquisa de antígeno NS1. A crise sanitária na Ásia e até a guerra na Ucrânia teriam impactado no envio dos testes ao Brasil, segundo o Estado tem informado aos municípios.
Secretarias municipais de Saúde relataram preocupação quanto ao controle da curva epidemiológica da dengue sem testagem regular. O Estado tem, até agora, mais de 230 notificações de casos de dengue com sinais de alarme e 13 casos de dengue grave. São 16 óbitos confirmados, e outros 13 em investigação.