Máscaras teriam custado mais de R$ 11 milhões aos cofres públicos; operação investiga suposto superfaturamento na licitação – Foto: MPSC/GAECO/Divulgação/
Dez mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Itajaí, Litoral Norte de Santa Catarina, e em São Paulo e Sorocaba, no Estado de SP, em uma operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas) que mira fraudes em licitações de compra de máscaras de proteção.
A operação Tripla Camada foi deflagrada desta quarta-feira (8), pelo Gaeco e pela Polícia Civil de São Paulo. Os mandados são para apurar possíveis crimes contra a administração pública, em supostas fraudes em licitações de compras de máscaras no ano passado, durante a pandemia de Covid-19.
Indícios apurados na operação apontam o superfaturamento dos preços das máscaras e falsificação nos documentos. As compras das máscaras somam, em média, R$ 11 milhões. O prejuízo aos cofres públicos podem chegar a R$ 5 milhões.
A operação contou com o apoio da Polícia Civil de São Paulo e da Polícia Científica catarinense. O Gaeco é uma força-tarefa composta pelo Ministério Público, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Penal, Receita Estadual e Corpo de Bombeiros Militar, e tem como finalidade a identificação, prevenção e repressão às organizações criminosas.
Em nota, a prefeitura de Itajaí se posicionou, afirmando que não houve cumprimento de mandados em órgãos da administração pública municipal, e que a prefeitura não recebeu nenhuma notificação judicial até o momento. Leia a nota na íntegra:
“Nota de esclarecimento
O Município de Itajaí esclarece que não houve cumprimento de mandados de busca e apreensão em órgãos da administração municipal em decorrência da operação Tripla Camada, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) de Santa Catarina nesta quarta-feira (08). A prefeitura tomou conhecimento dos fatos por meio de notícia no site do MPSC e não houve qualquer notificação judicial até o momento.
O Município reforça que já prestou informações ao Ministério Público sobre a compra de máscaras de proteção individual durante a pandemia de Covid-19 e que está à disposição para demais esclarecimentos. Informa também que, caso sejam constatados crimes contra a administração pública, adotará todas as medidas necessárias para que os prejuízos ao erário público sejam ressarcidos.”