democracia - 09/06/2022 09:16

Quem são os pré-candidatos ao Senado por Santa Catarina nas eleições 2022

Três políticos de SC se apresentam para concorrer ao cargo e quatro alianças ainda precisam definir nomes; uma vaga estará em disputa
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Jorge Seif Júnior, Kennedy Nunes e Raimundo Colombo, pré-candidatos ao Senado por SC(Foto: Arquivo NSC)
A definição dos pré-candidatos ao Senado por Santa Catarina também movimenta os partidos em meio às negociações para as eleições 2022. Neste ano, estará em disputa apenas uma das três vagas de senador a que o Estado tem direito. Hoje ela é ocupada pelo senador Dário Berger (PSB), que encerra o mandato ao fim deste ano.
Atualmente, SC já tem ao menos três nomes abertamente na disputa pela corrida ao Senado. Outras quatro alianças têm indefinições sobre o concorrente a senador. Confira os pré-candidatos:
•Jorge Seif Júnior (PL)
•Kennedy Nunes (PTB)
•Raimundo Colombo (PSD)

Se a definição de pré-candidatos ao governo do Estado e a presidente está adiantada na maioria dos partidos, não se pode dizer o mesmo da disputa ao Senado. Tradicionalmente, o cargo já é usado em articulações para a formação de alianças entre os partidos, o que por vezes adia a escolha dos candidatos. Neste ano, o prazo final para o registro de candidaturas é 15 de agosto.
Na eleição deste ano, outros fatores também interferiram. Um deles era a possibilidade de o empresário Luciano Hang ser candidato ao Senado. O empresário manifestou interesse em concorrer, o que teria afastado outros interessados nos meses anteriores. Como Hang desistiu de participar da eleição, o campo voltou a ficar aberto entre os partidos de SC.
O professor de Administração Pública e coordenador do programa de extensão Educação e Cultura Política da Udesc Esag Daniel Pinheiro afirma que era comum que ex-governadores e figuras mais conhecidas da política concorressem ao Senado, com altas chances de vitória. A experiência de 2018, quando nomes tradicionais foram derrotados e novos políticos tiveram bom desempenho nas urnas, está fazendo com que as escolhas ocorram “da forma mais calma possível”, segundo ele. Outra preocupação é que o nome escolhido para o Senado fale “a mesma língua” do candidato ao governo.

Senado é espaço de visibilidade
O Senado é responsável por criar leis e revisar legislações e projetos aprovados na Câmara dos Deputados. Também possui outras atribuições, como julgar processos de impeachment de presidente da República e sabatinar indicados da presidência para cargos como a Procuradoria-Geral da República (PGR), o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Supremo Tribunal Federal (STF).
O mandato é de oito anos, em vez dos quatro tradicionais de cargos como deputado, governador e presidente. Por conta disso, também costuma ser mais atrativo.
— Como é uma casa menor, é mais fácil de acompanhar. As falas são mais ouvidas, os ocupantes acabam tendo mais relevância. Dependendo da visibilidade, isso torna os políticos “candidatáveis”, seja a governador em seus estados ou até mesmo a presidente da República — avalia Daniel Pinheiro. 
Os exemplos mais recentes são os três senadores de SC, que têm os nomes entre os pré-candidatos ao governo, e a senadora Simone Tebet (MDB-MS), atual pré-candidata do partido a presidente da República e alternativa da chamada terceira via.

Os pré-candidatos ao Senado em SC
Jorge Seif Júnior (PL)
Um dos primeiros nomes apresentados para disputar o Senado foi o do ex-secretário nacional da Aquicultura e Pesca, Jorge Seif Júnior (PL). Ele foi escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro e deve ser o nome na chapa do atual senador bolsonarista Jorginho Mello (PL), que deve disputar o governo de SC. O PL de SC confirma que Seif Júnior será o candidato da coligação.

Kennedy Nunes (PTB)
O deputado estadual Kennedy Nunes (PTB) foi um dos primeiros a manifestar interesse em concorrer ao Senado em 2022. Inicialmente, ele se aproximou do projeto do senador Jorginho Mello (PL), já que na esfera nacional os dois partidos vão apoiar a tentativa de reeleição de Jair Bolsonaro. No entanto, após o PL definir o nome de Jorge Seif Júnior como concorrente a senador, com a bênção do presidente da República, Kennedy passou a buscar outras opções.
Uma possibilidade, que seria a candidatura dele avulsa ao Senado, sem nenhum candidato a governador, foi descartada pelo partido em reunião na última semana. Hoje, a principal possibilidade é que Kennedy concorra ao Senado em uma coligação com o Progressistas e o PSDB, que tenha Esperidião Amin (PP) como candidato a governador. A conversa é considerada “adiantada” tanto por PTB, quanto pelo Progressistas. No entanto, Kennedy diz que também conversou com o prefeito João Rodrigues (PSD), para uma possível candidatura ao Senado na chapa que apoiará Gean Loureiro ao governo. Se nenhuma dessas duas chapas saírem, o PTB também tem o nome do engenheiro Carlos Dieter Werner, ex-vice-prefeito de Corupá, como possível candidato a governador.

Raimundo Colombo (PSD)
Outro nome que pode estar na disputa do Senado é o do ex-governador Raimundo Colombo (PSD). Após vários meses se apresentando como pré-candidato ao governo, Colombo abriu mão do interesse de voltar à Casa d’Agronômica, o que permitiu que o PSD anunciasse ainda em maio o apoio à pré-candidatura de Gean Loureiro (União Brasil) a governador. Com esse arranjo, o PSD indicaria o vice e a candidatura ao Senado, que seria de Colombo. O ex-governador confirma o interesse em concorrer. O presidente estadual do PSD, Milton Hobus, também trata a candidatura de Colombo ao Senado como “inegociável” e que ele “será candidato a senador”. Colombo foi senador entre 2007 e 2010 e concorreu ao cargo em 2018, ficando em quarto lugar.

Outras definições a serem feitas
MDB dividido entre até cinco nomes
Não é apenas na escolha do projeto para a eleição a governador que o MDB de Santa Catarina está dividido. O mesmo ocorre na definição do possível pré-candidato do partido ao Senado. O presidente do MDB em SC, Celso Maldaner, diz que qualquer definição passa antes pela reunião do partido no próximo dia 13, que pode indicar se o partido caminhará para candidatura própria ou para apoio à reeleição do governador Carlos Moisés. No caso de apoio a Moisés, a indicação do vice e do Senado também caberia aos emedebistas.
Com essa indefinição, a direção estadual do partido diz que há pelo menos cinco nomes interessados em concorrer. Os principais deles seriam o ex-prefeito de Jaraguá do Sul Antídio Lunelli, que oficialmente ainda tenta emplacar a candidatura a governador, e do deputado Rogério Peninha Mendonça. Na última semana, Peninha divulgou uma carta manifestando publicamente o interesse na vaga. Ele deixou claro que só desiste da intenção caso Lunelli deseje concorrer ao cargo.
Além de Lunelli e Peninha, Maldaner cita ainda o próprio nome dele, o do ex-deputado Edinho Bez e do ex-governador Paulo Afonso Vieira como possibilidades. O MDB tem até mesmo um sexto nome, o do atual deputado federal Carlos Chiodini, aliado de Lunelli. Até o momento, no entanto, ele não confirma e nem descarta a possibilidade.

Frente de esquerda também indefinida
Na chamada frente de esquerda, que reúne os partidos PT, PSB, PDT, PCdoB, PSOL, Solidariedade, Rede e PV, o pré-candidato ao Senado também é incerto. Na disputa ao governo, Décio Lima (PT) e Dário Berger (PSB) disputam a indicação do bloco para concorrer. Já para a vaga ao Senado, as opções seriam o vereador de Florianópolis, Afrânio Boppré (PSOL) e dois nomes cogitados pelo PDT: os ex-deputados Jorge Boeira e Fernando Coruja.
O próprio Dário Berger, que encerra este ano mandato de oito anos de senador, é citado como possível nome caso não consiga emplacar a candidatura a governador, mas o PSB nega e diz que o foco é a candidatura de Berger a governador. Os partidos ainda não definiram o critério para a escolha da indicação. A direção dos partidos, no entanto, estimam que o martelo deve estar batido até o dia 15 deste mês.

Partido Novo
O partido Novo, que tem como pré-candidato a governador o promotor de Justiça Odair Tramontin, ainda não definiu o nome do provável candidato ao Senado. A divulgação deve ocorrer nos próximos dias, segundo o comando do partido em SC.

Pros
O Pros lançou o defensor público Ralf Zimmer Júnior como pré-candidato a governador, mas ainda não tem nome definido para concorrer ao Senado. O presidente da sigla em SC, Jeferson da Rocha, afirma que o partido estava alinhado com o PTB, que tem Kennedy Nunes como candidato ao Senado. Como os petebistas têm conversas com o Progressistas e agora até lançaram um pré-candidato, o Pros deve lançar um candidato próprio a senador — o nome deve ser definido até o fim de junho.
Fonte: DC
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