JUSTIÇA - 15/06/2022 20:19

Homem que matou a ex-namorada com 18 facadas em SC é condenado a 21 anos de prisão

Ele foi condenado por homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio
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O Tribunal do Júri condenou Neylor Eduardo de Siqueira Dias a 21 anos de prisão em regime inicial fechado. Ele matou a ex-namorada, a modelo e cabeleireira Daiana dos Santos, com 18 facadas em novembro de 2020, em Blumenau. O julgamento iniciou às 8h30 desta quarta-feira (15), e terminou por volta das 18h. A sessão foi presidida pelo juiz Eduardo Passold Reis, titular da 1ª Vara Criminal da Comarca do município.
O réu foi condenado homicídio qualificado – por motivo fútil, meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio.
A tia de Daiana, com quem ela morava em Blumenau, Julsandra Martins da Silva, levou ao julgamento o capacete que a modelo usava no dia em foi morta. “Esse capacete me traz muitas lembranças, muita dor. Esse é o capacete que ela usava naquele dia e foi entregue para mim banhado de sangue e isso me dói muito. Ela era uma menina nova, cheia de sonhos, de planos, estava muito feliz com a profissão dela e, infelizmente, naquele dia aconteceram essas coisas que acabaram com a vida dela”.
Julsara ainda disse que os 21 anos de prisão que Neylor terá que cumprir não são suficientes, mas que está satisfeita com o julgamento. “A sensação é que o meu dever foi cumprido”.
O advogado da família e assistente de acusação, Alexandro Roberto Maba, considera que a justiça foi feita. “Saímos satisfeitos desse Tribunal do Júri, acreditamos que a justiça foi feita. Independentemente da condenação que ele recebeu, a Daiana não voltará, mas, aqui hoje, se fez justiça, justiça pela Daiana, para que a responsabilidade do Neylor se desse fim no dia de hoje e começasse ele a pagar a pena dele, que foi ele o causador”, afirmou.
O juiz Eduardo Passold Reis considerou em sua sentença que o crime foi premeditado, mas o advogado do réu, Leocir Carneiro, não concorda com o ponto. “Esse é um detalhe que está na sentença do magistrado. Eu não concordo com isso, mas é algo que veio na sentença e em possível recurso a gente vai debater”, disse.
Ele ainda ressaltou que nunca se buscou a inocência de Neylor. “Desde o começo ele confessou o crime para mim e era o desejo dele confessar em plenário, confessar perante a sociedade. É isto que a defesa usou, a confissão dele com todos os detalhes esperando ser julgado como ser-humano, mas que cometeu, naquele momento de fúria, um ato desumano”.
Relembre o caso
O crime ocorreu no dia 26 de novembro de 2020, três meses após a modelo ter terminado o relacionamento de três anos com Neylor. Na época, Daiana tinha 27 anos e Neylor, 33. A modelo era natural de Minas Gerais.
Segundo a denúncia do MP (Ministério Público), na manhã daquele dia, a vítima chegava para trabalhar em um salão de beleza localizado no bairro Victor Konder, região central de Blumenau, quando foi surpreendida pelo ex-companheiro. Ela foi atingida por 18 golpes de faca no tórax e pescoço, ferimentos que causaram sua morte. O processo tramitou sob sigilo.
Em novembro de 2021, Neylor teve um pedido de habeas corpus negado pelo ministro Antônio Saldanha Palheiro, do STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Fonte: ND+
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