Fetrancesc pede urgência em políticas melhores ao setor ou há risco de colapso. Foto: Marco Santiago
A Federação das Empresas de Transportes de Cargas e Logística no Estado de Santa Catarina, juntamente com os 13 sindicatos filiados que compõem o Sistema Fetrancesc, emitiu um manifesto de repúdio a mais aumento no preço do óleo diesel.
A alta de 14,26% neste combustível já começou a ser repassada neste sábado (18).
Na carta a Federação fala em colapso e reajuste já do frete. Isso por conta do impacto negativo na prestação de serviços do Transporte Rodoviário de Cargas do País, responsável pela logística de mais de 60% de tudo o que se produz e consome no Brasil. Veja trecho:
“As causas alegadas para mais este aumento, a guerra na Ucrânia, não justificam os novos valores. Enquanto os postos passam imediatamente a alta aos preços, as empresas de transporte não têm essa opção, os embarcadores pressionam para não ter alta e o setor acaba acumulando prejuízos.
De acordo com dados do Departamento de Custos Operacionais e Pesquisas Técnicas e Econômicas da NTC&Logística (Decope), o diesel é o maior componente de custos da atividade de transporte, podendo representar até 60% do valor dos fretes nas cargas lotação (em um frete de R$ 1 mil, por exemplo, R$ 600 correspondem à despesa com óleo diesel).”
Levantamento da Fetrancesc aponta que desde de janeiro de 2021 o óleo diesel já acumulou 174% de aumento. O alerta é para risco de colapso no setor do Transporte Rodoviário de Cargas já que o profissional transportador chegou no seu limite.
A Fetrancesc anunciou três orientações: necessidade de reajuste de 5% a 9% nos fretes, emergencialmente; revisão da Petrobras no conceito da política de preços da paridade internacional e pede alternativas urgentes para uma política de preços mais justa e equilibrada ao setor.
Em Santa Catarina são cerca de 20 mil empresas em Santa Catarina no Transporte Rodoviário de Cargas.