INFRAESTRUTURA - 27/07/2022 13:50

Federação das Associações Empresariais lista os desafios do Oeste de SC para governantes

A infraestrutura de transportes foi o tema mais citado na cartilha que aponta para construção de ferrovia no Meio-Oeste e a Ponte entre Itapiranga e o RS
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A região conhecida como o Grande Oeste catarinense abrange 130 municípios do Estado, vai do Meio-Oeste ao Extremo-Oeste e engloba quase a metade das 295 cidades de Santa Catarina. A população das três regiões soma 1.317.556 habitantes. Com expressiva importância econômica para o Estado, o PIB do Oeste, Meio-Oeste e Extremo-Oeste soma 55,4 bilhões.

Apesar de ocupar papel de destaque na economia do Estado, o Grande Oeste sofre com a defasagem em muitos segmentos. Visando estabelecer um norte e elencando as prioridades em educação, segurança, política, saúde e infraestrutura, a FACISC (Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina) lançou nesta quarta-feira (27), uma cartilha que mostra o que o Estado e cada região precisam para se desenvolver.

Na região do Meio-Oeste a cartilha aponta para a privatização das rodovias federais BR-470, BR-282 e BR-153. Além disso, a cartilha indica a revitalização das rodovias estaduais que passam pela região, em destaque estão a SC-350, SC-120, SC-452, SC-355, SC-464 e SC-465.

Outros temas citados para o Meio-Oeste é a ampliação da rede básica de energia elétrica para os municípios de Videira até Caçador, motivado pelo aumento da demanda. O estudo cita ainda a conclusão do projeto dos aeroportos de Caçador, Videira e Joaçaba. A saúde também foi pauta e tratou das redes de Hospitais do Meio-Oeste e a oferta de novos leitos de UTI neonatal e pediátrico.

Na região Oeste o sistema ferroviário que deverá interligar o Oeste catarinense ao Centro-Oeste brasileiro foi destaque entre os pontos citados. A SC-283 de Concórdia a Itapiranga também foi citada pela necessidade de revitalização e ampliação.

As rodovias foram citadas de forma ampla, com solicitação de reformas e ampliações. No Oeste a BR-282, no trecho entre São Miguel do Oeste a Irani, as BR-153 e BR 158, além de trechos que passam pelos municípios de Cordilheira Alta, Xanxerê, Xaxim e Pinhalzinho.

A ampliação dos hospitais de Concórdia, Chapecó e Xanxerê, devem receber aumento de leitos Neonatais e respectiva ampliação dos leitos de média complexidade, bem como viabilizar melhorias dos hospitais dos pequenos municípios.
Já no Extremo-Oeste, entre as pautas está viabilizar a construção da Ponte sobre o rio Uruguai entre Itapiranga e o estado do Rio Grande do Sul. Revitalizar a SC-163 no trecho entre São Miguel do Oeste e Itapiranga.

O estudo indica a revitalização da BR-282 no trecho entre São Miguel do Oeste e Chapecó, além da duplicação e primordialmente a construção do elevado no entroncamento com a BR-158.

A energia elétrica para a região Extremo-Oeste também foi citada. Ainda, o texto cita a necessidade de alteração nos planos pedagógicos do ensino fundamental e médio, com implementação de disciplina obrigatória no currículo escolar, em inovação e educação empreendedora.

Veja as demandas

Moção pelo Grande Oeste

Em junho deste ano, uma moção pelo Grande Oeste foi apresentada à presidência da FACISC. O documento faz um apelo pela BR-282 e é assinado por representantes das Associações Empresariais das três regionais da FACISC do Grande Oeste.

Construída nas décadas de 1960/1970, a BR-282 é uma rodovia federal que liga o Oeste, Planalto e litoral e é essencial para o escoamento da vasta produção agroindustrial do Grande Oeste aos portos e grandes centros brasileiros de consumo.

Porém, segundo a moção, traz consigo um estigma: é um palco de horror, com mortes diárias e pesadas perdas econômicas em consequência de seu permanente estado de abandono em importantes trechos de seu traçado. A situação já havia sido denunciada no Manifesto pelo Oeste, publicado em janeiro deste ano.

“A rodovia sofre com a deterioração da pista e com a estrutura que, ao ser desenvolvida há mais de 50 anos não previa crescimento tão intenso no transporte de produtos para exportação, o que representa milhões de dólares circulando pelas estradas. Somente a produção agroindustrial, soma mais de 500 mil toneladas de produtos na linha de carnes, grãos e lácteos transportados todo mês”, diz o documento.

Movimentação

Passam pela BR-282 mais de 700 mil suínos/mês e 60 milhões de aves/mês (carga viva) que são conduzidos às agroindústrias. Sete em cada dez toneladas de carne suína e de aves exportadas pelo Brasil saem do Oeste catarinense.

“Esquecida pelas autoridades, a via tornou-se um gargalo logístico para o transporte de toda a produção agropecuária da região oeste, reconhecida como maior produtora de suínos do país, uma das maiores produtoras de aves, a maior exportadora de suínos e aves e o maior polo brasileiro de carnes industrializadas. Não há cálculo direto sobre os prejuízos que essa situação representa, mas as empresas da região Oeste acreditam que as péssimas condições da BR-282 onerem os fretes em quase 40%”, destaca o manifesto.

O documento destaca que requer especial atenção a recuperação e melhorias na estrutura da Ponte sobre Rio Chapecó entre Nova Erechim e Nova Itaberaba. Investir na BR-282 é uma necessidade emergencial que deve ser prioridade dos Governos Federal e Estadual, do Parlamento e da sociedade.

“Somente investimentos pesados, consistentes e permanentes permitirão interromper o implacável morticínio que vem ensanguentando a BR-282 sem poupar jovens, crianças e adultos; a retenção das populações dos pequenos municípios, o controle da migração regional e redução do processo de litoralização catarinense; a atração de capitais financeiros em investimentos produtivos no interior barriga-verde, o aumento da competitividade internacional dos produtos primários e produtos industrializados do grande oeste catarinense e a melhoria da qualidade de vida da população regional”, acrescenta o manifesto.

Fonte: ND+
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