A SES/SC (Secretaria de Estado de Saúde de Santa Catarina) informou nesta quinta-feira (4) que o Ministério da Saúde reduziu o repasse de imunizantes contra tuberculose ao Estado. Diante da falta de envio, o estado precisou racionar as vacinas aplicadas em crianças menores de um ano.
Segundo a SES, o Ministério da Saúde deu prazo de sete meses para solucionar o problema a contar do mês de abril. Para que não haja o desabastecimento da BCG (vacina que é o principal meio de prevenção à tuberculose) nos municípios. As Secretarias Municipais de Saúde estão sendo orientadas a racionar e otimizar o uso do imunizante durante o período previsto.
O racionamento acontece diante do pior cenário vacinal dos últimos seis anos em crianças menores de um ano. A redução foi de 49,2% na cobertura vacinal da BCG entre 2016 e 2022. A redução expressiva também acontece com outras vacinas do calendário vacinal básico. Confira os dados:
Números foram divulgados pela SES e mostram a baixa cobertura vacinal em crianças – Foto: SES/Divugação/ND
A SES explicou em nota que, como o frasco da vacina BCG é multidose, ao ser aberto é necessário utilizar todo o conteúdo em até seis horas. Então recomenda-se sua utilização por meio de agendamento da aplicação da vacina ou centralização dos locais de aplicação, disponibilizando a BCG em lugares como maternidades.
Motivos para baixa cobertura
A SES acredita que boa parte da baixa cobertura vacinal não se dá pelo racionamento das vacinas, mas porque alguns pais não estão levando seus filhos para vacinar.
Em conversas com municípios catarinenses, a SES relatou que muitos explicam que, mesmo agendados à vacinação, muitos pais não comparecem para se vacinar.
Diante da negativa, o estado se diz “apavorado” de que algumas doenças que anteriormente estavam erradicadas possam voltar à tona por falta de vacinação das crianças.
Nesta sexta-feira (5), a SES fará uma coletiva de imprensa para anunciar medidas da campanha de vacinação do calendário básico em Santa Catarina.
