A baixa cobertura vacinal contra poliomielite vem preocupando autoridades em saúde e membros do Rotary Club, que trabalha para erradicar a doença há mais de 35 anos.
A campanha de vacinação contra a poliomielite iniciou no dia 8 de agosto em todo o Brasil. Prestes a entrar na última semana da campanha, o índice de cobertura vacinal no país preocupa autoridades e rotarianos: a meta é 95% mas, segundo o Ministério da Saúde, até quarta-feira(31), apenas 30,76% do público-alvo foi imunizado.
A campanha pretende imunizar 11.572.563 crianças com idade entre 1 e 4 anos no país, das quais apenas 3.560.083 receberam doses até agora. Em Santa Catarina a cobertura vacinal é de 42,85%, maior que a média da região Sul (39,68%) e a nacional, mas ainda longe do ideal.
Em Maravilha, a taxa de vacinação está em torno dos 50% . Nesse sentido, o Rotary chama os pais para que aproveitem esse sábado (3) para colocar a agenda de vacinação em dia. O atendimento na Sala de Vacinas, ao lado do Hospital São José, será das 8h às 16h. Na oportunidade também terá continuidade a campanha de multivacinação, conferindo a carteira de vacinação para menores de 15 anos e aplicando doses pendentes.
O que é Poliomielite?
A poliomielite é uma doença altamente infecciosa e afeta principalmente crianças menores de 5 anos de idade. O vírus da pólio geralmente é contraído pela ingestão de água contaminada, ataca o sistema nervoso e pode levar a paralisia. Embora não haja cura, a pólio pode ser prevenida pela vacina.
"Em 35 anos de trabalho, como parceiro fundador da Iniciativa Global de Erradicação da Pólio, já houve redução nos casos de pólio em 99,9% desde o nosso primeiro projeto de vacinar crianças nas Filipinas, em 1979. Este é o maior projeto em andamento do Rotary - acabar com a poliomielite no mundo - e a melhor proteção contra a doença é a prevenção. É, historicamente, a doença que mais causou deficiências físicas nos seres humanos”, destaca o clube.
A Pólio permanece endêmica em apenas três países: Afeganistão, Nigéria e Paquistão. Mas é crucial continuarmos trabalhando para manter outros países livres dela. Se todos os esforços de erradicação parassem hoje, dentro de 10 anos a doença poderia paralisar até 200.000 crianças anualmente.
