A decisão que autorizou a operação é da juíza Melissa de Azevedo Olivas, auxiliar do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). Ela atendeu a um pedido da Federação Brasil da Esperança no Paraná, criada a partir da fusão do PT, PCdoB e PV, com representação do advogado Luiz Fernando Peccinin, que acusa o ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro de tentar "esconder" os suplentes.
A juíza considerou que o material está em desacordo com a legislação, pois não mostra os nomes na proporção exigida pela Justiça Eleitoral. "É evidente a desconformidade entre o tamanho da fonte do nome do candidato a senador relativamente a dos suplentes", afirmou na decisão. Os suplentes na chapa de Moro são o advogado Luis Felipe Cunha e o empresário Ricardo Augusto Guerra.
— O único comitê que ele (Moro) tinha informado era a residência dele, por isso a Justiça Eleitoral foi até lá. Agora nós vamos pedir a apreensão dos materiais que estão no comitê oficial — explica Peccinin.
O ex-ministro se manifestou sobre o episódio nas redes sociais: “Não me intimidarão, mas repudio a tentativa grotesca de me difamar e de intimidar minha família”.
Hoje, o PT mostrou a “democracia” que pretende instaurar no país, promovendo uma diligência abusiva em minha residência e sensacionalismo na divulgação da matéria. O crime? Imprimir santinhos com letras dos nomes dos suplentes supostamente menores do que o devido. ➡️
Contraponto
O advogado Gustavo Guedes, que representa Sergio Moro, se manifestou em nota enviada ao Estadão:
“A busca e apreensão se refere tão somente à, supostamente, os nomes dos suplentes não terem o tamanho de 30% do nome do titular. Todavia, isso não corresponde com a verdade. Os nomes estão de acordo com as regras exigidas, sendo assim, a equipe jurídica pedirá a reconsideração da decisão.
A busca e apreensão foi feita na residência, uma vez que o endereço foi indicado no registro da candidatura. Repudia-se a iniciativa agressiva e o sensacionalismo da diligência requerida pelo PT.”