GOLPE - 13/09/2022 14:15

Mulher denuncia ‘calote’ ao comprar máquina de lavar estragada e vendedor ‘sumir’ em SC

Denunciante pagou R$ 530 pelo eletrodoméstico e tenta recuperar o dinheiro; polícia investiga suspeita do crime de apropriação indébita
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Mulher denunciou suposto golpe ao adquirir uma máquina de lavar nas redes sociais – Foto: Facebook/Reprodução
Uma moradora do bairro Barra da Lagoa, em Florianópolis, denunciou que sofreu um “calote” ao adquirir, recentemente, uma máquina de lavar por meio de um anúncio em uma página de vendas de uma rede social.
A dona de casa, Fernanda Costa*, de 31 anos, conta que comprou o eletrodoméstico no dia 29 de junho com garantia de três meses em caso de defeito. Em contato com um casal que operou a venda pelo WhatsApp, ela pagou, via Pix, R$ 500 no produto mais R$ 30 de frete.
Cerca de três semanas depois, ainda no período da garantia, a máquina de lavar apresentou um problema na centrifugação. Fernanda comunicou a situação ao vendedor, que prontamente respondeu que buscaria o produto em até dois ou três dias porque estava fora da cidade naquele momento.
Passado o tempo estipulado, a mulher voltou a entrar em contato com o vendedor que marcou uma nova data para buscar o eletrodoméstico. Como ninguém apareceu, a dona de casa tentou contato novamente.
“Mandei uma nova mensagem. Percebi que as mensagens não iam e que a foto do perfil tinha sumido. Concluí que tinha sido bloqueada”, conta Fernanda. Ela, então, entrou em contato com o vendedor pelo Facebook, mas não obteve resposta. “Disse que continuava aguardando eles virem pegar a máquina. Visualizaram e nada”, acrescenta.
Marido se passou por comprador
Sem retorno do vendedor, Fernanda pediu ao marido que se passasse por alguém interessado em adquirir uma máquina de lavar. Ele mandou uma mensagem pelo Facebook e, segundo ela, obteve resposta.
O marido, então, abriu o jogo e explicou a situação envolvendo o produto adquirido. Ele questionou o vendedor sobre o motivo da demora de buscarem o eletrodoméstico para o conserto.
“Disseram que tinham perdido o celular e que estavam com um novo número. Não tinham ido pegar a máquina porque não lembravam o endereço. Meu marido então passou novamente o nosso endereço”, conta a dona de casa.
Após esse contato, Fernanda e o marido continuaram aguardando o casal coletar o eletrodoméstico, mas ele não aparecia. Quando questionado, segundo a mulher, o casal surgia com novos motivos para postergar a ação.
“Davam várias desculpas. O carro quebrou, o filho estava doente, a peça que tinham encomendado para o conserto não havia chegado ainda, enfim, várias desculpas e contradições”, diz.
Máquina não retornou do conserto
Na tarde do dia 20 de agosto, quase um mês após Fernanda relatar o problema na máquina, o vendedor buscou o produto para o conserto garantindo o retorno em quatro dias, ou seja, no dia 24 de agosto. Até esta terça-feira (13), porém, a devolução não foi feita.
“Começamos a pressioná-los e disseram que estavam certos pelo Procon. Que tinham até 30 dias para devolver o produto desde a coleta. Eu e meu marido checamos o Código de Defesa do Consumidor e vimos que são 30 dias a contar da reclamação, e não após a coleta do produto”, aponta Fernanda.
Sem conseguir resolver o impasse, Costa pediu à irmã que entrasse em contato com eles para pedir o dinheiro de volta.
“Minha irmã tentou mediar a negociação com a mulher e ela respondeu que não era para ela [irmã] se intrometer. Que só negociaria a devolução do dinheiro com o meu marido e que devolveria o dinheiro parcelado. Mas, eu paguei a vista!”, afirma a dona de casa.
Registro na polícia
Sem máquina de lavar, sem o dinheiro de volta e sem conseguir contato com os vendedores, Fernanda registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil, no dia 6 de setembro.
Ela explicou toda a situação e mostrou uma foto que havia tirado da placa do carro do vendedor no dia em que ele buscou a máquina de lavar para o conserto.
“Verificaram que o carro está no nome da mãe da mulher e que já havia outras ocorrências contra o casal. Em 2019, havia um boletim de ocorrência por desacordo comercial”, revela.
Esperando uma resolução para todo o impasse, o marido de Fernanda enviou uma foto do boletim de ocorrência para o vendedor pelo WhatsApp. “Disseram que não estavam nem aí, que não daria em nada e que eu ia ter que esperar para ter meu dinheiro de volta”, diz Costa.
Denúncia nas redes
Fernanda, então, decidiu denunciar a situação nas redes sociais como forma de alerta. “Quando postei o que havia acontecido comigo, outras pessoas apareceram e disseram que também foram vítimas desse casal. Ao menos três pessoas disseram que levaram calote.”, conta.
Ela agora aguarda as diligências da Polícia Civil e pensa ainda em entrar com uma ação na Justiça para resolver o imbróglio. Ela também fez uma denúncia pelo aplicativo do Procon estadual.
Até essa segunda-feira (12), o processo no Procon encontrava-se no status “encaminhamento de denúncia para fiscalização”.
A Polícia Civil informou à reportagem que está investigando a suspeita do crime de apropriação indébita por meio da 10ª Delegacia de Polícia Civil da Capital.
Contraponto
Uma advogada que se identificou como representante da vendedora da máquina de lavar informou à reportagem que a vendedora irá efetuar a devolução do dinheiro via Pix até o dia 20 de setembro, prazo limite para o retorno do produto.
Disse ainda que foi enviada para a denunciante uma notificação extrajudicial solicitando que sejam apagadas as postagens nas redes sociais, pois, segundo a advogada, se trata de ambiente inadequado para a resolução de conflitos.
*O nome foi alterado para preservar a identidade da denunciante. 
Fonte: ND - mais
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