A Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina) emitiu uma nota, na última sexta-feira (9), sobre as orientações e investigações do aumento dos casos de hepatite aguda em crianças de Santa Catarina. Segundo o órgão, a origem da doença permanece desconhecida, mas “extensas investigações” estão em andamento.
A diretoria diz que a maioria dos casos relatados parece não apresentar relação direta com o que possa ser a origem. Muitos dos sintomas são os mesmos apresentados antes da confirmação da doença, porém os vírus comuns à hepatite aguda não foram detectados em nenhum dos casos.
Embora o adenovírus seja uma hipótese para causa subjacente, o órgão relata que ele não explica totalmente a gravidade do quadro clínico. Extensas investigações epidemiológicas estão em andamento para identificar exposições comuns, fatores de risco ou ligações entre os casos.
Vale mencionar que as hipóteses relacionadas aos efeitos colaterais das vacinas contra a Covid-19 não são suportadas atualmente. A Dive informa que a causa disso é que a grande maioria das crianças que apresentaram a doença não receberam a vacina contra a Covid.
Agora, a responsabilidade em Santa Catarina pelo acompanhamento de casos de hepatites agudas graves de etiologia desconhecida em crianças e adolescentes passa a Gedic (Gerência de IST, HIV/AIDS e Doenças Infecciosas Crônicas).
A orientação é que todos os serviços de saúde estejam alerta para os pacientes com as caracteristicas: “criança/adolescente menor de 17 anos, apresentando hepatite aguda, com aumento de transaminase AST (sérica aspartato transaminase) e/ou ALT (alanina transaminase) ≥ 500 UI/L, sem causa de origem não infecciosa que justifique o quadro.”
Aumento nos casos
No Brasil, entre os registros, três precisaram de transplante e uma criança morreu.