Ao todo, as campanhas dos postulantes à presidência da República desembolsaram R$ 151,1 milhões até ontem, data-limite para que eles entregassem suas prestações de contas à Justiça Eleitoral. O foco dos gastos chama a atenção. Embora a trincheira virtual assuma uma importância crescente a cada eleição, os candidatos ainda investem mais em material publicitário impresso do que com impulsionamento de conteúdos na internet. Até agora, foram 21 milhões com os chamados santinhos e adesivos e R$ 7,4 milhões para turbinar postagens nas redes sociais.
O perfil de gastos expõe estratégias adotadas pelos candidatos até aqui. Lula aposta no modelo tradicional de campanha, com alto investimento em viagens e comícios. Ele declarou já ter desembolsado R$ 2 milhões com eventos de promoção da sua candidatura — metade desse valor serviu para botar de pé o comício no Vale do Anhangabau, no dia 20 de agosto. Bolsonaro, por sua vez, abriu o cofre para contratar pesquisas. Com frequência, o presidente desacredita publicamente os levantamentos dos principais institutos do país, sobretudo quando aparece mal colocado.
Como atual ocupante da cadeira cobiçada pelos demais, Bolsonaro conta com uma exposição maior e, por vezes, é acusado pelos adversários de se valer do posto para fazer campanha. Foi o que aconteceu durante os atos de 7 de setembro, comemoração do bicentenário da Independência, em que ele discursou e pediu votos ostensivamente. Em sua prestação de contas, o candidato à reeleição declarou ter tido despesas com o evento, majoritariamente bancado com recursos públicos. A campanha de Bolsonaro informou ter desembolsado R$ 30 mil com alocação de grades e serviço de captação de imagens.
O perfil de gastos expõe estratégias adotadas pelos candidatos até aqui. Lula aposta no modelo tradicional de campanha, com alto investimento em viagens e comícios. Ele declarou já ter desembolsado R$ 2 milhões com eventos de promoção da sua candidatura — metade desse valor serviu para botar de pé o comício no Vale do Anhangabau, no dia 20 de agosto. Bolsonaro, por sua vez, abriu o cofre para contratar pesquisas. Com frequência, o presidente desacredita publicamente os levantamentos dos principais institutos do país, sobretudo quando aparece mal colocado.
Como atual ocupante da cadeira cobiçada pelos demais, Bolsonaro conta com uma exposição maior e, por vezes, é acusado pelos adversários de se valer do posto para fazer campanha. Foi o que aconteceu durante os atos de 7 de setembro, comemoração do bicentenário da Independência, em que ele discursou e pediu votos ostensivamente. Em sua prestação de contas, o candidato à reeleição declarou ter tido despesas com o evento, majoritariamente bancado com recursos públicos. A campanha de Bolsonaro informou ter desembolsado R$ 30 mil com alocação de grades e serviço de captação de imagens.
Internet x santinhos
Os postulantes ao Planalto ainda apostam mais em materiais impressos do que em publicidade na internet. Eles gastaram R$ 16 milhões com santinhos e R$ 5 milhões na produção de adesivos. O impulsionamento de conteúdos nas redes sociais respondeu por R$ 7,4 milhões do montante declarado até aqui.
Simone Tebet, do MDB, foi quem mais investiu para aumentar o alcance de suas postagens: R$ 2,7 milhões, à frente de Lula, com R$ 2,2 milhões. Bolsonaro declarou R$ 538 mil em despesas dessa natureza. Ciro Gomes lidera os gastos com santinhos e afins, com R$ 5,9 milhões. Lula desembolsou R$ 3,4 milhões para tal. Bolsonaro, por sua vez, não declarou um real sequer para adquiris peças impressas
Já a senadora Soraya Thronicke, desconhecida do grande público e que patina na casa do 1% nas pesquisas, foi a que mais gastou até agora com transporte ou deslocamentos pelo país: R$ 1,7 milhão.