Psicóloga Ana Paula de Oliveira atende no Caps (Foto: Camilla Constantin/ O Líder)
Em razão do Setembro Amarelo, diversas atividades de conscientização e prevenção ao suicídio estão sendo realizadas em Maravilha. De acordo com a psicóloga e coordenadora do Centro de Atenção Psicossocial (Caps), Ana Paula de Oliveira, a demanda por atendimentos aumentou consideravelmente pós-pandemia, principalmente em casos de ansiedade, depressão e dependência química.
Atualmente são realizados em média 800 atendimentos mensais no Caps, localizado na Travessa Zacarias Kasper, nº 75. “O importante é que as pessoas entendam onde procurar ajuda. Se não está tudo bem, existe esse serviço no município”, diz.
Ela esclarece que pessoas que estão em sofrimento psíquico podem procurar ajuda no Caps, nas unidades básicas de saúde, no Hospital São José, com o Samu (192) e com o Centro de Valorização da Vida (188).
SINAIS DE ALERTA
O indivíduo em sofrimento psíquico pode apresentar certos sinais, que devem ser levados em consideração pelos familiares e amigos. Conforme Ana Paula, alguns destes sinais são: aparecimento ou agravamento de problemas de conduta; costume de falar sobre morte e suicídio mais do que o comum; falta de esperança; visão negativa da vida e do futuro; falta de autoestima; expressão de ideias suicidas, como “Vou deixar vocês em paz” e “Eu queria poder dormir e nunca mais acordar”; isolamento, etc.
Outros fatores também devem ser levados em consideração, como perda de um ente querido, doenças crônicas, dolorosas ou impactantes, agressões, entre outros. Os sinais de alerta não devem ser considerados isoladamente, afinal, não há uma “receita” pronta para detectar quando uma pessoa está em sofrimento psíquico. Entretanto, ela esclarece que é importante estar atento, principalmente se muitos destes sinais se manifestam ao mesmo tempo.
QUATRO PASSOS PARA AJUDAR UMA PESSOA EM SOFRIMENTO PSÍQUICO
CONVERSE: Encontre um momento e um lugar apropriados para conversar. Ouça com empatia, sem julgamentos, e ofereça apoio.
AJUDE: Incentive a pessoa a procurar o auxílio de profissionais de serviços de saúde e ofereça acompanhamento para o atendimento.
PROTEJA: Se você acha que a pessoa está em perigo imediato, não a deixe sozinha. Assegure-se de que ela não tenha acesso a meios para lhe fazer mal e entre em contato com um familiar/amigo/responsável.
ACOMPANHE: Fique em contato para acompanhar como a pessoa está se sentindo.
