EDUCAÇÃO - 13/11/2022 07:49 (atualizado em 13/11/2022 09:33)

Levantamento indica conteúdos mais abordados pelo Enem; confira dicas

Prova acontece nos domingos 13 e 20 de novembro
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Mesmo com o Enem marcado para ocorrer nos dias 13 e 20 de novembro, ainda há tempo de seguir algumas dicas para conquistar um bom resultado. As provas costumam ter um padrão, ao qual os alunos podem se basear para conseguir desempenho satisfatório. Além disso, entender os critérios da avaliação também pode ajudar.

Desde 2009, o Enem utiliza a Teoria de Resposta ao Item (TRI) como modelo estatístico para medir a proficiência dos estudantes em quatro áreas do conhecimento: Linguagens e Códigos, Ciências Humanas, Ciências da Natureza e Matemática. Ao contrário do que na tradicional Teoria Clássica dos Testes, costumeiramente usada nos vestibulares e que vincula a nota ao número de acertos, na TRI a avaliação se dá pela coerência pedagógica do seu padrão de respostas.

Confira abaixo o que mais costuma ser cobrado em cada uma das avaliações, em levantamento organizado e atualizado anualmente pelo pré-vestibular Fleming Medicina.

Linguagens, códigos e suas tecnologias

A prova de Linguagens é uma das mais difíceis de pontuar, aponta a  Fleming Medicina. Isso se deve ao seu caráter fortemente interpretativo, o que reduz a dificuldade de vários itens. Mesmo assim, existem alguns assuntos que merecem maior atenção. As competências mais incidentes são interpretação do texto literário, texto argumentativo e gêneros textuais que circulam na sociedade. Conteúdos que mais aparecem são:

Literatura – de 7 a 8 questões
Argumentação – de 6 a 7 questões
Gêneros textuais – de 5 a 6 questões
Língua Estrangeira Moderna – 5 questões
Organização, legado da língua e funções da linguagem – 4 a 5 questões
Variedades linguísticas – 3 a 4 questões
Tecnologias de comunicação e informação – 3 a 4 questões
Educação Física inclusiva e linguagem corporal  – 3 a 4 questões

Ciências humanas e suas tecnologias

Não há prova de História, Geografia ou de Filosofia e Sociologia no Enem. O conhecimento dessas áreas ajuda, mas a visão deve ser sempre integrada. As relações geopolíticas ao longo da História são muito exploradas, com os imperialismos sendo recorrentes. Questões sobre ética, conceitos de democracia e cidadania, além da visão histórica dos direitos humanos sempre aparecem. É tradicional que a Filosofia ocupe vários itens da prova, exigindo a comparação de pontos de vista de correntes filosóficas.

Compreender ao longo da História os fluxos populacionais ou mesmo as crises econômicas e sociais garante um bom rendimento. Outro aspecto que é muito incidente na prova são aqueles relacionados à introdução das tecnologias na vida social e no mundo do trabalho. Conteúdos que mais aparecem:

Política, conhecimento humano, ciência e patrimônio cultural – 8 a 9 questões
Justiça, instituições, conflitos e movimentos sociais – 8 a 9 questões
Espaço, geopolítica, relações de poder e economia – 7 a 8 questões
Sociedade, natureza e relações do homem com o meio natural  –7 a 8 questões
Cidadania e democracia – 6 a 7 questões
Tecnologia e seus impactos – 6 a 7 questões

Ciências da Natureza e suas tecnologias

A prova de Ciências da Natureza costuma ter um bom equilíbrio entre as questões de Física, Biologia e Química, passando, às vezes, por conhecimentos interligados dessas disciplinas.

Em Biologia, deve-se dar muita atenção à Ecologia, que é o conteúdo mais incidente, ao lado dos mecanismos evolutivos e da transmissão das características hereditárias.

Em Química, deve-se cuidar a Química Orgânica, as forças intermoleculares e suas consequências para a propriedade das substâncias e dos compostos orgânicos e inorgânicos.

Na Física, o conteúdo mais incidente é o de Mecânica, com várias questões sobre as causas dos movimentos de partículas, objetos, pessoas e corpos celestes. Outro assunto que costuma ser incidente é o dos fenômenos da ondulatória e do eletromagnetismo. Conteúdos que mais aparecem:

Química inorgânica e Físico-Química – de 10 a 11 questões
Temperatura, calor, máquinas térmicas, fenômenos ondulatórios e ópticos – de 6 a 7 questões
Ecologia, Epidemiologia e saúde humana – de 5 a 6 questões
Química orgânica e Bioquímica – de 4 a 5 questões
Citologia, Bioenergética, Genética e Evolução – de 4 a 5 questões
Seres vivos, fisiologia, biotecnologia e imunologia – de 4 a 5 questões
Movimentos, forças, energia mecânica e colisões – de 4 a 5 questões.

Matemática e suas tecnologias

Em Matemática, as operações fundamentais e os aspectos práticos de sua aplicação correspondem a cerca de 40% do total da prova. Para acertar tais questões, não basta saber as quatro operações básicas, pois é necessário interpretar situações-problema a fim de encontrar soluções para situações comuns do cotidiano.

Os conhecimentos de geometria plana e espacial são explorados sobretudo no cálculo de perímetros e áreas de superfícies planas e volumes de sólidos. O aluno também deve ter intimidade com a leitura de gráficos e tabelas.

Na parte de Estatística, é importante conhecer como se determinam médias, medianas e modas. O Enem não pedirá o cálculo de variância e de desvio-padrão, mas exigirá que o aluno compreenda tais conceitos como medidas de dispersão em distribuições.

Em probabilidade, aparecem algumas das questões mais complexas da prova, junto com a Álgebra e a Geometria Analítica. Assuntos como logaritmos e funções trigonométricas não devem ter prioridade de resolução, pois tendem a ser questões de parâmetro de dificuldade mais alto: deixe-as para depois. Conteúdos que mais aparecem:

Contagem, progressões, operações fundamentais e análise combinatória – 8 a 9 questões
Álgebra e Geometria Analítica – 8 a 9 questões
Perímetros, áreas e volumes –de 7 a 8 questões
Relações de variação entre grandezas – de 5 a 6 questões
Estatística e probabilidade – de 5 a 6 questões
Noções de espaço e representação, reconhecimento de formas, unidades de medida e escalas – de 5 a 6 questões.
Gráficos e tabelas – de 4 a 5 questões

Como é calculada a nota da redação

A redação é a mais importante prova do Enem, e isso se dá por duas razões em especial: a primeira é que a redação não está sujeita à matemática complexa da TRI, e isso significa que o aluno não depende do comportamento dos outros candidatos para aferição de sua proficiência; a segunda é que a flutuação de sua nota é fixa, por ser a única prova cuja nota varia de zero a mil pontos.

A nota da redação é determinada a partir de cinco competências, cada uma valendo 200 pontos:.

Competência 1: para obter 200 pontos nesta competência, alguns erros devem estar ausentes: cuidado com a concordância com o sujeito posposto, observe as regras relativas à crase e à pontuação do texto. Erros ortográficos recorrentes impedem a nota máxima.

Competência 2: você deve compreender bem o tema, e precisa construir um texto argumentativo: a ausência de marcadores de opinião e de tese espalhados no texto impedem a nota máxima nessa competência. Se o texto for dissertativo expositivo, com a marcação da tese apenas na proposta de intervenção, a nota máxima não será obtida.

Competência 3: a articulação do texto deve ser muito bem feita. Enfrentar a situação-problema na redação implica explicitar a tese na introdução, usar os parágrafos de desenvolvimento para elencar causas do problema levantado e encaminhar a conclusão para que a proposta de intervenção seja consequência lógica da discussão levantada. Não adianta apresentar no desenvolvimento que a causa de um problema seja a impunidade, e elaborar uma proposta de intervenção que fale em palestras em escolas. A proposta de intervenção deve ser vista como decorrência lógica da discussão trazida.

Competência 4: para os 200 pontos nesta competência, é obrigatória a presença de mecanismos de ligação das ideias entre frases do mesmo parágrafo e entre parágrafos do texto. O uso correto dos pronomes relativos e de suas eventuais preposições também será avaliado aqui. A repetição excessiva e injustificada das palavras também impedirá a nota máxima: use pronomes, sinônimos e perífrases para evitar o excesso no uso de uma mesma palavra ou expressão.

Competência 5: a proposta de intervenção deve indicar quem deve atuar sobre o problema, o que esse agente fará, como ele fará e qual a objetivo que será alcançado com essa medida. Além disso, para os 200 pontos é fundamental detalhar um dos elementos apresentados, o que pode ser feito por meio de exemplificação.

Entender a TRI ajuda na pontuação

O segredo para uma boa pontuação no Enem é buscar aumentar a coerência pedagógica do padrão de respostas. Dessa forma, questões mais fáceis devem ter prioridade de resolução quando comparadas com questões mais difíceis.

“Acertar um item difícil tendo errado os fáceis implicará baixa pontuação devido à incoerência no padrão de respostas. Acertar itens fáceis e errar os difíceis garante maiores proficiências. Isso não significa que se deva pré-classificar as questões antes de resolvê-las. Se identificar um item fácil, resolva-o. Se identificar um item difícil, pule-o, e retorne posteriormente para resolvê-lo, caso ainda haja tempo”, aconselha o professor Francis Madeira, do pré-vestibular Fleming Medicina.

Cada questão do Enem apresenta certos parâmetros que ajudam a determinar a nota do candidato. Assim, a prova dispõe de questionamentos de dificuldades variadas dentro de uma escala. Ainda que algum acerto seja considerado incoerente pela TRI, faz-se importante esclarecer que quaisquer respostas corretas aumentam a nota do candidato, mesmo que a diferença seja pequena em caso de erro.

“Essa coerência parte do pressuposto de que a aquisição do conhecimento é gradativa: não é possível dominar aspectos mais complexos das ciências e das linguagens sem que se conheça os mais simples”, explica o professor e coordenador pedagógico do pré-vestibular Fleming Medicina.

Fonte: ND+
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