A expectativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva era aumentar o salário mínimo de R$ 1.302 para R$ 1.320. Mas nesta quarta-feira (18), o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, saiu do Palácio do Planalto afirmando que o valor deve continuar o mesmo pelo menos até maio, quando poderá receber o incremento, mas depende das discussões sobre o assunto.
Lula participou de uma reunião com representantes sindicais na manhã desta quarta (18) e tentou contornar a situação. O presidente fez um discurso bastante político, se colocando como um sindicalista. Ele anunciou a criação de um grupo de trabalho que tem 45 dias para apresentar uma proposta de uma política permanente para o salário mínimo nos próximos anos.
O grande empecilho para esse aumento, segundo o advogado especialista em direito do trabalho Renato Couto, é o custo estimado de R$ de 8 bilhões. “O governo afirmou que não tem condições de pagar porque não tem caixa suficiente. O reajuste atinge pensionistas, aposentados e afastados pelo INSS”, explica o advogado.
Outra polêmica é com relação ao imposto de renda. O presidente tinha prometido e continua defendendo que aqueles que têm renda de até R$ 5 mil fiquem isentos da declaração. Porém, o Ministério de Planejamento e Orçamento já declarou é impossível fazer essa mudança. O presidente afirmou no encontro que é preciso mudar a lógica da cobrança, onde “o rico passe a pagar mais e o pobre menos”.