O ano começou com queda nos casos ativos de Covid-19 em Santa Catarina. Nos primeiros dias de 2023, o Estado apresentou redução de 59,65% no número de pacientes em tratamento da doença conforme dados do Painel do Coronavírus do NSC total — cenário diferente do que o registrado no mesmo período no ano passado. Apesar disso, especialistas alertam que a pandemia ainda não acabou e, por isso, é necessário manter os cuidados.
De acordo com o Painel, nesta quarta-feira (18), 3.381 pessoas estavam em tratamento para a doença em 251 municípios catarinenses. Ao comparar com a situação de um mês atrás, houve queda de 75,68% nos casos ativos. Em 18 de dezembro, eram 13.907.
Já em relação ao início do mês, o número caiu 59,65% — em 1º de janeiro, eram 8.381 casos.
Os números também mostram um cenário mais otimista do que aquele registrado em janeiro de 2022, quando o Estado viveu uma explosão nos casos de Covid, principalmente por conta da variante Ômicron. Para se ter uma ideia, conforme dados do Painel, em 18 de janeiro, eram 48.538 ativos em todo o Estado — naquele mês, Santa Catarina chegou a ter 80.251 pessoas em quarentena, maior número desde o início da pandemia.
— Nós não sabemos qual a real situação de novos casos de Covid-19. Por exemplo, temos um número de pessoas que acham que a pandemia acabou ou a qualquer sintoma acha que é um resfriado e não testa. Isso somado com aqueles teste de farmácias, onde a pessoa pode positivar, mas o número não aparece nas estatísticas. Por isso, não há um número real e não se sabe em que pé a gente está — explica.
— A perda de força se deve pela gravidade menor dos casos, que não repercutiu em internações e óbitos. E isso se deve à cobertura vacinal no mundo todo, como um todo, e também ao fato de as novas variantes aparentemente terem menos virulência que as variantes do passado, que circularam em 2020 e 2021 — diz.
Pandemia acabou?
— É improvável que vivamos de novo o horror que vivemos naqueles anos, ainda que não se possa dizer que a pandemia terminou. Obviamente, sempre precisamos ficar alertas para casos graves, especialmente em pessoas não vacinadas, com vacinação incompleta ou que tenham alguma doença que faça com que a resposta vacinal seja inferior ao desejado — diz Carolina.
— A transmissibilidade do Sars-Cov-2 é muito maior do que a Influenza, por exemplo. Além disso, a Covid, em um determinado momento, atingiu todos os países do mundo, isso nunca tinha acontecido. Outra característica que difere as duas é a capacidade da Covid-19 de causar novas mutações, como novas recombinantes a qualquer momento — pontua.
— Agora tem um risco de morbidade, que é você ter algo que afeta a qualidade de vida. A infecção pode estar mais leve, mas você pode ficar com uma sequela.
Em nota enviada ao Diário Catarinense, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) disse que as ações de enfrentamento da Covid-19 "seguem baseadas no estímulo à vacinação da população, conforme preconizado pelo Programa Nacional de Imunizações e nas orientações para a população sobre as medidas de prevenção, seguindo as recomendações do Ministério da Saúde para tratamento com antiviral dos casos confirmados com fatores de risco para agravamento, a fim de evitar casos graves e óbitos."
O questionamento também foi feito ao Ministério da Saúde. A pasta informou que algumas ações prioritárias devem ser realizadas durante os 100 primeiros dias de governo, como a inclusão da vacina contra a Covid-19 no calendário de vacinação, além da distribuição e compra de doses para a imunização de crianças.
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