Santa Catarina permanece como o 2º maior importador do Brasil em 2023 com um valor de US$28,9 bilhões, ou seja, R$ 150,5 bilhões na cotação da última sexta-feira (20). Os números representam um crescimento de 16,3% em relação ao ano de 2021. Além disso, o Estado registrou o seu recorde no comércio exterior.
De acordo com os dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, a economia catarinense participou de 10,63% das importações totais do Brasil, que ficou atrás apenas de São Paulo com 29,9%.
Confira:De acordo com o secretário de Estado da Fazenda, Cleverson Siewert, as ações como, por exemplo, o Programa Pró-Emprego, que oferece benefícios fiscais para a geração de emprego, renda e arrecadação para o Estado foi um dos motivos para o aumento da saída de produtos através das fronteiras catarinenses.
“Esse suporte para a importação atraiu milhares de importadoras e tradings de todo o país para Santa Catarina, que passaram a operar pelos portos e aeroportos do Estado. Por conta disso, os nossos portos se tornaram os mais modernos e eficientes do Brasil”, complementa.Além disso, o secretário aponta que a chegada de produtos também movimenta a cadeira produtiva através de armazenamentos e transportes para as regiões do Brasil.
Assim como gerou cerca de R$ 2,5 bilhões de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para os cofres públicos do Estado.A presidente da Câmara de Comércio Exterior da Fiesc (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina), Maria Teresa Bustamante, aponta que um dos motivos par a alta da importação é o foco na entrada de insumos e componentes para transformação.
Ainda de acordo com os dados apresentados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, os produtos de transformação para indústrias representam 4,7% das importações, que vem acompanhado do cobre que representa 4,6%.Confira os 5 produtos mais importados:
Exportação cresce em 2022
Santa Catarina registrou R$ 61,9 bilhões (US$ 11,9 bilhões) em exportações ao longo de 2022, que representa um variação positiva de 16,1% em relação ao ano de 2021.
O presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, aponta que a expressiva marca na exportação é reflexo de uma combinação de fatores.
Entre eles, a valorização internacional dos produtos catarinenses, diversificação de parceiros comerciais, a expansão das vendas de itens intensivos em tecnologia, com alto valor agregado e o nível de competitividade da indústria no Estado.
“A internacionalização da indústria de Santa Catarina vem sendo um eixo estratégico. A federação investe pesadamente no aumento da competitividade e capacitação parta a abertura dos produtos ao mercado exterior”, reforça Maria Teresa Bustamante.
Veja os cinco principais produtos de exportação em SC
O Estados Unidos é o principal destino dos produtos catarinenses representando 18% dos R$ 61 ,bilhões ao longo do ano. Em seguida, aparece a China (14%), Argentina (6,9%) e Chile (5,1%).
Apesar da alta, a exportação catarinense é apenas a 10ª no ranking entre as Unidades Federativas. No entanto, o secretário Cleverson Siewert acredita que o recorte não é um demérito para o Estado e que demonstra o potencial produtivo das indústrias catarinenses.
“É importante destacar ainda que a participação catarinense nas rotas dos maiores cargueiros do mundo coloca o Estado também como uma grande porta de entrada de matéria prima para a nossa indústria, o que na prática movimenta a economia estadual, gerando emprego e renda”, explica.
Por fim, o responsável pela pasta da Fazenda acredita que a indústria catarinense seguirá em ritmo acelerado em 2023 “dado o cenário de possível retomada da economia mundial e, em especial, dos principais países parceiros de Santa Catarina na balança comercial”, finaliza.