O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), e a secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, apresentaram na manhã desta segunda-feira (6), o Programa Estadual de Cirurgias Eletivas. Até o momento, Santa Catarina tem mais de 105 mil pacientes na fila de espera por cirurgias. O Estado prevê um investimento de R$ 235 milhões para a campanha.
Os recursos serão provenientes do Fundo Estadual de Saúde e Fundo de Hospitais Filantrópicos; Fundo Nacional de Saúde e Fundos Municipais.
Foram detalhadas as ações que farão parte do programa do governo, que tem como meta principal reduzir a fila de espera para cirurgias eletivas, consultas e exames. A secretária iniciou a apresentação com um diagnóstico da situação atual do Estado.
Até esta segunda, os procedimentos com maior demanda são exame de endoscopia digestiva alta, colonoscopia e avaliação para diagnóstico de deficiência auditiva, com 16 mil, 15 mil e 8 mil pacientes aguardando na fila de espera, respectivamente. Já as cirurgias com maior demanda são as de caráter ortopédico: joelho, quadril, ombro e coluna. Há 117 mil pacientes na fila por uma consulta com cirurgião ortopédico ou geral.
Hoje, Santa Catarina realiza, em média, 8,7 mil cirurgias por mês com pacientes internados. A capacidade instalada nos hospitais contratados sob gestão do Estado é de 21 mil procedimentos por mês. A taxa de ausência nas consultas para procedimentos cirúrgicos é de 33,13%.
“Zerar a fila é um determinante para nós. O grande desafio é sair de 8,7 mil procedimentos por mês e chegar nos 21 mil, que é a nossa capacidade”, disse Zanotto.
Objetivos do Programa
Além de reduzir a fila de espera para cirurgias eletivas, consultas e exames, o Programa estadual prevê assegurar o atendimento prioritário aos pacientes com câncer; reduzir o tempo de espera e a distância geográfica para o atendimento do paciente; aumentar a resolutividade dos serviços prestados.
Entre os objetivos específicos estão adequar a oferta de ações e serviços de saúde; fortalecer o sistema de regulação; potencializar a telemedicina; reduzir a taxa de não comparecimento às consultas e procedimentos e incentivar a modernização de técnicas e tecnologias e implantar um novo sistema de gestão nos hospitais próprios.
Uma das prioridades do Programa é alterar a política e o protocolo de atendimento aos pacientes com câncer. O objetivo é que todos tenham um mesmo tempo de espera.
Além disso, o Estado prevê a revisão do Plano Estadual de Atenção em Alta Complexidade em Ortopedia com ampliação da oferta de cirurgias ortopédicas com habilitação estadual de novos hospitais/serviços.
A secretária de Saúde também destacou a necessidade de reorganização da rede estadual que atende a cardiologia ampliando os centros de referência para esse atendimento e reduzindo a distância dos pacientes.