Segundo dados da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Santa Catarina soma o segundo maior número de óbitos e acidentes de trânsito em 2022, ficando atrás apenas de Minas Gerais. As estradas catarinenses registraram 350 mortes em rodovias federais no ano passado, o menor número dos últimos 27 anos.
Conforme dados divulgados pela PRF, o número de mortes caiu 1,9% de 2021 para 2022 nas rodovias catarinenses. Além disso, houve redução equivalente a 304 acidentes e 263 pessoas feridas a menos no Estado durante o período.
Dados de acidentes de trânsito no Brasil
No cenário nacional, as rodovias federais brasileiras registraram uma morte a cada duas horas em 2022. De acordo com a PRF, 5.426 pessoas perderam a vida em ocorrências que poderiam ser evitadas. Outras 18.063 pessoas ficaram gravemente feridas em um total de 64.255 acidentes.
“Os números representam um recuo de 0,19% no total de acidentes, o número de mortes subiu 0,61%, o que é considerado pela estatística como uma situação de estabilidade, mas não podemos esquecer que o número de mortos e feridos ainda é muito alto“, explica o diretor científico da Associação Mineira de Medicina do Tráfego (Ammetra), Alysson Coimbra.
Entretanto, o especialista afirma que a meta ainda está distante de ser atingida. “Se quisermos salvar vidas, precisamos, de uma vez por todas, tratar a segurança viária como política pública e investir em fiscalização, educação e em melhorias nas rodovias brasileiras”.
Na sequência vêm os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo, respectivamente.
Falta de atenção e imprudência
De acordo com o levantamento da PRF, a principal causa de acidentes em 2022 é a falha humana. Entre elas, a reação tardia ou ineficiente do condutor; falta de reação do condutor e acessar a via sem observar a presença de outros veículos são as causas mais comuns.
Os dados da PRF revelam que, em 2022, o excesso de velocidade provocou 4.955 acidentes e 753 mortes. O uso de álcool antes de dirigir provocou 4.307 acidentes e 201 mortes no ano passado.
“Apesar de anos de Lei Seca e de penas mais duras, o consumo de álcool ainda é uma das infrações mais frequentes. Todas essas mortes poderiam ter sido evitadas”, comenta Coimbra.
Estados com maior número de acidentes em rodovias federais