Santa Catarina registrou a menor taxa recusa de autorização para doação de órgãos do Brasil, segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). De um total de 728 potenciais doadores notificados no ano passado, apenas 141 famílias recusaram a doação, o que dá um índice de recusa de 28%. A fila de pacientes que aguardam por transplantes no Estado tem mais de 1 mil pacientes.
O Estado foi o único que efetivou mais de 40% dos seus potenciais doadores. Das 728 notificações, 329 foram doadores efetivos, o que representa 35% a mais do que em 2021. Além disso, um total de 1.521 pacientes foram transplantados, superando a melhor marca até então de 1.507, antes da pandemia em 2019.
Aliado a isso, Santa Catarina apresentou o melhor resultado de doadores efetivos com 44,8 por milhão de população (pmp), indicador universalmente utilizado para avaliar e comparar resultados entre os estados.Na sequência vem Paraná (40,6 pmp), seguido por Ceará (26,7 pmp), São Paulo (20,9 pmp) e Rio de Janeiro (20,0 pmp). A taxa de doadores efetivos nacionais foi de 16,5 ppm.
O governo do Estado atribuiu os resultados ao trabalho da SC Transplantes, que coordena o treinamento das equipes profissionais para aprimorar habilidades na busca da conscientização de famílias.Fila por transplante em SC tem mais de mil pacientes
Em dezembro de 2022, Santa Catarina possuía uma fila de espera por transplante de 1.062 pacientes ativos. Destes, mais da metade (560) aguarda por um novo rim, 419 buscam uma nova córnea, 51 esperam por um fígado, dois por um coração e um necessita de pâncreas. No Brasil, no mesmo período, havia 53.989 pacientes ativos na lista de espera por um transplante de órgão.