O homem acusado de atropelar e matar o policial militar rodoviário Alexandre Maciel em abril de 2022 vai a júri popular, decidiu o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). De acordo com o órgão, o homem dirigia um carro a 150 km/h e fugiu após atingir o agente.
A defesa tentou evitar o Tribunal do Júri, mas a 2º Câmara Criminal de SC manteve a decisão emitida em primeira instância. A informação foi divulgada na sexta-feira (31).
O acusado, que estava foragido do sistema prisional quando o crime ocorreu, foi capturado após dias de buscas pelas autoridades catarinenses. Durante as ações, ele chegou a pular um carro em movimento, além de fazer uma família refém, segundo a polícia. (assista ao vídeo abaixo).
"Ele acelerou para fugir dos agentes, em velocidade acima de 150km/h, em condução extremamente arriscada e perigosa, inclusive pela contramão de direção, segundo relatos de testemunhas. Poucos quilômetros à frente, um cabo da PM que atendia a um acidente de trânsito na rodovia, alertado sobre a situação, posicionou-se de forma a fazer a abordagem ao fugitivo. O motorista atingiu o militar frontalmente.", informou o TJSC.
O homem, que não teve a identidade confirmada, responderá por homicídio doloso, por meio cruel e sem possibilidade de defesa da vítima, acrescido do delito de evasão do local do crime, previsto no artigo 305 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A reportagem não conseguiu contato com a defesa.A morte do policial ocorreu em Massaranduba, no Norte catarinense em 24 de abril de 2022. O motorista não obedeceu uma ordem de parada e, segundo a PM, jogou o carro em cima do policial.
Acidente
No dia em que foi atropelado, segundo a família, o policial precisou fazer hora extra porque estava atendendo a um acidente de trânsito. Ele terminaria o expediente às 19h, mas mandou uma mensagem para a esposa dizendo que se atrasaria.Enquanto ele fazia o registro do acidente de trânsito, outra equipe de policiais observou um motorista em alta velocidade fazendo manobras perigosas na estrada. Maciel e o grupo da PMRv que estava com ele foram avisados sobre o caso.
O policial era cabo da PMRv e trabalhava no posto policial da Vila Itoupava, em Blumenau, no Vale do Itajaí. Ele ingressou na PM em 16 de janeiro de 2006.