Em encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta sexta-feira (5), o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, afirmou que o país vai contribuir com o Fundo Amazônia com R$ 500 milhões.
Ele não deu mais detalhes sobre quando o valor anunciado deve ser aplicado, no entanto, enfatizou que há interesse do país europeu de incrementar o fluxo comercial com o Brasil e combater as mudanças climáticas.
No encontro com o primeiro-ministro, Lula destacou a importância do fundo e enfatizou o compromisso do Brasil de zerar o desmatamento na Amazônia até 2030. “Tenho falado para todos os países ricos e pedido para que cumpriam os acordos firmados nas edições da COP [Convenção do Clima]. Os países mais pobres precisam de ajuda para manter suas florestas de pé e o clima que a sociedade precisa [para viver]”.
O presidente brasileiro também agradeceu Sunak pelo telefonema que ele deu em solidariedade ao governo após os ataques extremistas de 8 de janeiro, quando manifestantes invadiram as sedes dos Três Poderes.
“Além da coroação, vim para tentar restabelecer a normalidade na relação Brasil-Reino Unido”, frisou. “Estou muito otimista e agradecido de estar aqui. Essa reunião bilateral é muito importante para nós”, acrescentou.
Lula desembarcou em Londres mais cedo para participar da cerimônia de coroação do Rei Charles 3º, que acontecerá sábado (6). Às 13 horas (17 horas em Londres), o presidente brasileiro participará de uma recepção oferecida às delegações estrangeiras pelo monarca britânico.
Em Londres, me encontrei com o primeiro-ministro do Reino Unido @RishiSunak. Tivemos uma boa conversa sobre nossas relações comerciais, proteção do meio ambiente e a paz no mundo ????????????????
— Lula (@LulaOficial) May 5, 2023
????: @ricardostuckert pic.twitter.com/3jkFnQ0uCP
Fundo Amazônia
Criado em 2008, o fundo recebe doações de instituições e governos internacionais para financiar ações de prevenção e combate ao desmatamento na Amazônia Legal. Em 2019, países europeus suspenderam os repasses para novos projetos após o governo brasileiro apresentar sugestões de mudança na aplicação dos recursos e extinguir colegiados de gestão do fundo.
Em 30 de janeiro, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, anunciou a retomada do fundo com um pacote de aproximadamente R$ 1 bilhão do governo da Alemanha.
O presidente americao, Joe Biden, também solicitou ao Congresso americano a autorização para que o país faça uma contribuição equivalente a R$ 2,5 bi para o Fundo. O valor corresponde a dez vezes mais do que o planejado anteriormente.