Santa Catarina está com 96,75% dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) ocupados nesta sexta-feira (5). De acordo com a SES (Secretaria do Estado da Saúde de Santa Catarina), a maioria das internações são motivadas por doenças respiratórias e dengue.
A região com a maior ocupação do Estado é Foz do Rio Itajaí, que está com 100% de ocupação, ou seja, sem nenhum leito disponível. Em seguida vem Vale do Itajaí com 99,46% e Grande Oeste com 98,82%.
Confira o mapa de ocupação de leitos:
Questionada, a SES não soube precisar a porcentagem das pessoas internadas estão com dengue, ou com alguma doença respiratória de Santa Catarina.
Dengue
De acordo com o último informe da dengue publicado na última quarta-feira (3), pelo governo do Estado, há 25.928 pessoas confirmadas com dengue em Santa Catarina.Do total de casos confirmados até o momento (25.928), 19.054 são autóctones (transmissão dentro do estado) distribuídos em 105 municípios de Santa Catarina, sendo que 24 municípios atingiram o nível de epidemia.
Joinville continua liderando os casos da doença em Santa Catarina. Por lá, são 7.138 diagnósticos confirmados para dengue. Em seguida vem a cidade de Palhoça, na Grande Florianópolis, com 3.543 casos. São José vem logo após com 1.966 casos e Florianópolis com 1.660.Doenças respiratórias
De acordo com o Ministério da Saúde, o início do inverno é motivo de atenção para as doenças respiratórias. As temperaturas mais baixas favorecem a disseminação dos vírus causadores de infecções como gripe, resfriado e a própria covid-19, que ainda não está totalmente controlada.
Além dessas, doenças como sinusite, rinite e crises de asma e bronquite aumentam consideravelmente. A transmissão dessas doenças ocorre muito por conta do confinamento e permanência em espaços fechados e com pouca ventilação, o que facilita a circulação de microrganismos, principalmente vírus respiratórios.O infectologista Marcos Cyrillo, diretor da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), faz a seguinte recomendação:
“Todos devem manter o local ventilado, o que minimiza a chance de o vírus ser transmitido entre as pessoas, permanecer no ar por algumas horas e cair nas superfícies, contaminando muito mais gente”, explica.Além disso, outra via de infecção são as mãos, as quais também demandam uma atenção especial. Os especialistas orientam a devida higienização com água e sabão, movimentando e esfregando todas as partes da mão como as palmas, o dorso, o espaço entre os dedos e os punhos “A higiene das mãos é indispensável para a prevenção da transmissão de vírus respiratórios e por doenças causadas por bactérias, fungos e outros vírus”, complementa Cyrillo.