SURTO - 17/05/2023 16:05

Surto de mão-pé-boca fecha escolas em Belmonte

Duas unidades escolares que atendem crianças de zero a cinco anos foram fechadas
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Duas unidades escolares foram fechadas na manhã desta quarta-feira (17) em decorrência de um surto de “mão, pé, boca” entre as crianças de zero a cinco anos, no município de Belmonte. A decisão de fechar as escolas foi da Secretaria de Educação e da Secretaria de Saúde, por meio da Vigilância Sanitária e Epidemiológica.
A medida foi adotada para a desinfecção e também para obedecer um período de quarentena a fim de eliminar o vírus das instalações, brinquedos e utensílios. Segundo a Vigilância, a orientação aos pais é de que, caso a criança apresente febre ou lesões nas mãos, pés e boca, evitem enviá-la à escola ou para outras atividades em grupos.
A doença mão-pé-boca é uma enfermidade contagiosa causada pelo vírus Coxsackie da família dos enterovírus que habitam normalmente o sistema digestivo e também podem provocar estomatites (espécie de afta que afeta a mucosa da boca). Embora possa acometer também os adultos, ela é mais comum na infância, antes dos cinco anos. O nome da doença se deve ao fato de que as lesões aparecem mais comumente em mãos, pés e boca.
Sinais da doença:
Febre alta nos dias que antecedem o surgimento das lesões;
Aparecimento, na boca, amídalas e faringe, de manchas vermelhas com vesículas branco-acinzentadas no centro que podem evoluir para ulcerações muito dolorosas;
Erupção de pequenas bolhas em geral nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, mas que pode ocorrer também nas nádegas e na região genital;
Mal-estar, falta de apetite, vômitos e diarreia;
Devido à dor, surge dificuldade para engolir e muita salivação.
A transmissão se dá pela via fecal/oral, através do contato direto entre as pessoas ou com as fezes, saliva e outras secreções, ou então através de alimentos e de objetos contaminados. Mesmo após recuperada, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas. O período de incubação oscila entre um e sete dias. Geralmente, os sintomas são leves e podem ser confundidos com os do resfriado comum.
Tratamento
Conforme a Secretaria de Saúde de Belmonte, ainda não existe vacina contra a doença mão-pé-boca. Em geral, como ocorre com outras infecções por vírus, ela regride espontaneamente depois de alguns dias.
“Por isso, na maior parte dos casos, tratam-se apenas os sintomas. Medicamentos antivirais ficam reservados para os casos mais graves. O ideal é que o paciente permaneça em repouso, tome bastante líquido e alimente-se bem, apesar da dor de garganta”, orienta o órgão.
Recomendações
Nem sempre a infecção pelo vírus Coxsackie provoca todos os sintomas clássicos da síndrome. Há casos em que surgem lesões parecidas com aftas na boca ou as erupções cutâneas; em outros, a febre e a dor de garganta são os sintomas predominantes;
Alimentos pastosos, como purês e mingaus, assim como gelatina e sorvete, são mais fáceis de engolir;
Bebidas geladas, como sucos naturais, chás e água são indispensáveis para manter a boa hidratação do organismo, uma vez que podem ser ingeridos em pequenos goles;
Lembre-se sempre de lavar as mãos antes e após lidar com a criança doente, ou levá-la ao banheiro. Se ela puder fazer isso sozinha, insista para adquirir e mantenha esse hábito de higiene mesmo após curada;
Evitar, dentro do possível, o contato muito próximo com o paciente (como abraçar e beijar);
Cobrir a boca e o nariz ao espirrar ou tossir;
Manter um nível adequado de higienização da casa, das creches e das escolas;
Não compartilhar mamadeiras, talheres ou copos;
Afastar as pessoas doentes da escola ou do trabalho até o desaparecimento dos sintomas (geralmente 5 a 7 dias após início dos sintomas);
Lavar superfícies, objetos e brinquedos que possam entrar em contato com secreções e fezes dos indivíduos doentes com água e sabão e, após, desinfetar com solução de água sanitária diluída em água pura (1 colher de sopa de água sanitária diluída em 4 copos de água limpa);
Descartar adequadamente as fraldas e os lenços de limpeza em latas de lixo fechadas.

Fonte: ND
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