Santa Catarina registrou 74,5 mil casos de dengue no primeiro semestre deste ano, número que corresponde a uma média de 12 mil infectados por mês desde janeiro. O dado foi confirmado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive-SC), nesta quarta-feira (28), e é o maior dos últimos três anos na comparação com o mesmo período — janeiro a junho.
Em relação a 2022, o número de pacientes infectados com a doença no primeiro semestre em Santa Catarina cresceu cerca de 6%. Na mesma data do ano passado, o Estado somava 70,1 mil positivos. Já na comparação com 2021, porém, o aumento foi de mais de 400%. Na época, em junho, registrava-se 16 mil casos de dengue.
Ao menos 71 moradores catarinenses morreram em decorrência da doença este ano. Apesar de 16 ainda estarem em investigação, o número de mortes em relação ao ano passado diminuiu 7%.Joinville é a cidade que concentra o maior número de óbitos, assim como de pacientes infectados. São 19.623 casos confirmados, sendo que 37 deles registraram óbito.
Decreto de emergência no Estado
Devido ao alto número de pacientes infectados este ano, o governo de Santa Catarina decretou situação de emergência na saúde pública, ainda em março. Com o agravante da dengue, somado ao aumento nos casos de doenças respiratórias, os hospitais do Estado chegaram a registrar lotação máxima. Com isso, foi decretado também, novamente em junho, situação de emergência nos hospitais públicos.
O estado de emergência se trata de um reconhecimento dado a uma situação anormal provocada por um desastre em que os danos e os prejuízos à população tenham comprometido de maneira parcial até a capacidade de resposta do poder público e passaram a exigir medidas excepcionais. Com o decreto, o estado fica apto a buscar ajuda federal, além de fazer contratações com dispensa de licitação e mobilizar servidores no enfrentamento ao desastre pelo período de 180 dias.