SETOR INDUSTRIAL - 06/07/2023 16:26 (atualizado em 06/07/2023 16:29)

Alckmin anuncia injeção de R$ 106 bilhões no setor industrial nos próximos quatro anos

Maior parte dos recursos vem de linhas de crédito ou financiamento e também há fundos de apoio à inovação
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O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, anunciou nesta quinta-feira (6) a injeção de R$ 106,16 bilhões nos próximos quatro anos no setor industrial, em uma tentativa de estimular o desenvolvimento em áreas consideradas estratégicas para o país. A informação foi dada após a 17ª Reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), que contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin Foto: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

O colegiado é responsável pela elaboração da nova política industrial brasileira e retomou seus trabalhos após sete anos inativo. A maior parte dos recursos vem de linhas de crédito ou financiamento — e também há fundos de apoio à inovação. A quantia que será repassada ainda neste ano é:

• BNDES - R$ 16,3 bilhões;

• Finep - R$ 6,5 bilhões e R$ 4,02 bilhões não reembolsáveis; e

• Embrapii - R$ 900 milhões não reembolsáveis.


Ao longo dos próximos meses, o colegiado vai se debruçar sobre missões derivadas de problemas sociais e relacionadas ao desenvolvimento do país, como segurança alimentar e nutricional, ampliação do acesso à saúde, infraestrutura, moradia, mobilidade e saneamento sustentável, empresas competitivas, além da ampliação de cadeias associadas à transição energética e bioeconômica. Os membros da iniciativa foram divididos em grupos de trabalho.

Fazem parte do CNDI 20 ministros, além do presidente do BNDES e de 21 conselheiros representantes da sociedade civil e do setor produtivo. O colegiado é vinculado à Presidência da República e presidido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Pelo governo, são os seguintes órgãos: MDIC, que o preside; Casa Civil, Secretaria-Geral da Presidência, Ciência, Tecnologia e Inovação, Fazenda, Relações Exteriores, Planejamento e Orçamento, Integração e Desenvolvimento Regional, Meio Ambiente e Mudança do Clima, Minas e Energia, Agricultura e Pecuária, Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Trabalho e Emprego, Transportes, Saúde, MEC, Defesa, Portos e Aeroportos, Comunicações, Gestão e Inovação em Serviços Públicos, além do BNDES.

Taxa de juros e reforma tributária

Alckmin voltou a criticar a taxa de juros, atualmente em 13,75%. "Só falta os juros caírem. O novo arcabouço fiscal vai ajudar, e o que precisamos é ter a redução da taxa Selic para ter o crescimento no país", disse o vice-presidente.

No mês passado, o Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, decidiu manter a taxa no mesmo patamar pela sétima vez seguida, apesar da pressão do governo, de empresários e de parte da sociedade civil organizada.

Alckmin avaliou como muito positiva a expectativa em torno da aprovação da reforma tributária — a Câmara dos Deputados começou a análise do texto na última quarta-feira (5) e a previsão é de que ocorra a votação nesta quinta-feira (6).

"Eu sempre defendi que tivéssemos urgência. Reforma estruturante e que depende de PEC deve ser votada no primeiro ano. São reformas macroeconômicas, a reforma tributária e o novo regime fiscal."


Fonte: R7
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